Judoca chora após derrota nas Olimpíadas, lembra morte de irmão e abraça repórter
Rochele Nunes foi eliminada nas oitavas em Paris pela bósnia Larisa Ceric
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A brasileira naturalizada portuguesa Rochele Nunes se emocionou após a derrota nas oitavas de final do peso pesado do judô para a bósnia Larisa Ceric nas Olimpíadas de Paris. Em entrevista ao SporTV, ela lembrou o irmão de sete anos que morreu há seis meses, chorou e abraçou o repórter Marcelo Courrege.
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- Não treinei para isso, mas é judô. Eu nem sabia se ia ter condições de estar aqui. Há seis meses eu perdi meu irmão de sete anos e foi muito difícil de ser forte. Pela primeira vez na vida eu pensei em desistir. Foi muito difícil. Se eu estou aqui é porque a minha família me apoiou. Não existe dor maior. Eu ter perdido ele há seis meses e depois minha mãe ter perdido a casa na enchente. Foi muito difícil eu estar aqui mentalmente. Eu me preparei muito mesmo, foi muito sofrido. Estou orgulhosa do meu percurso. É por isso que eu não desisti, eu desmaiei porque não iria entregar de mão beijada - disse.
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Rochele chegou a desmaiar no tatame na derrota por estrangulamento, mas ela se recuperou após a luta. A judoca de 35 anos nasceu em Pelotas/RS e defendeu o Brasil até 2018, quando se naturalizou portuguesa e passou a representar o país europeu.
Esta não foi a primeira vez que o repórter Marcelo Courrege consolou uma judoca após derrota nas Olimpíadas de Paris. A medalhista olímpica Mayra Aguiar, eliminada logo na primeira luta, na quinta-feira (1º), chorou ao dar entrevista para o repórter, que a elogiou. Em seguida, a judoca pediu para dar um abraço em Courrege, que também acabou chorando.
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