Única mulher na disputa: conheça os candidatos à presidência do COI
Próximo presidente da entidade será escolhido na próxima quinta-feira (20), na Grécia


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O ciclo de Thomas Bach na presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI) está chegando ao fim. Na próxima quinta-feira (20), será definido o novo presidente da entidade durante a 144ª sessão dos membros do comitê, na Grécia. Sete candidatos concorrem ao cargo, sendo apenas uma mulher na disputa.
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Desde a criação do COI em 1894, jamais uma mulher esteve no cargo mais alto. O Lance! apresenta os candidatos à principal entidade mundial dos esportes olímpicos.
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Os sete candidatos à presidência do COI
Kirsty Coventry, 41 anos, Zimbábue
A única candidata mulher é a preferência de Thomas Bach, que tem trabalhado a favor da igualdade nos últimos anos no comitê. Dona de sete medalhas olímpicas (Atenas 2004 e Pequim 2008), Kirsty Coventry é Ministra da Juventude, Esporte e Artes do Zimbábue e preside a Comissão de Atletas do COI.
Caso conquiste a presidência, Coventry será não apenas a primeira mulher a comandar o COI, mas também a primeira dirigente de fora da Europa ou América do Norte, e a mais jovem, com 41 anos.
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David Lappartient, 51 anos, França
A favor do respeito à autonomia do COI e da inclusão de diversas modalidades esportivas, entre elas os eSports, a candidatura de David Lappartient é vista como uma aposta na continuidade e no fortalecimento das estruturas presentes no esporte olímpico. Além de ser presidente do Comitê Olímpico francês, é o atual presidente da União Ciclística Internacional (UCI) desde 2017.
O mais jovem candidato entre os homens, com 51 anos, David Lappartient propõe a equidade de gênero, o combate ao doping e a realização dos primeiros Jogos Olímpicos no continente africano. Caso vença a disputa, tem como prioridade dialogar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre assuntos como a volta da Rússia, atletas trans e questões climáticas com a realização dos Jogos nos EUA.
Príncipe Feisal Al Hussein, 61 anos, Jordânia
O presidente do Comitê Olímpico da Jordânia desde 2003 é defensor de uma abordagem mais democrática no COI, enfatizando a importância de ouvir os membros e promover a inclusão. A candidatura de Al Hussein é marcada pelo compromisso com a integridade e a transparência no movimento olímpico.
Feisal Al Hussein destaca a importância da inclusão de gênero, bem como a oportunidade de a África receber eventos esportivos como as Olimpíadas. Sobre sustentabilidade nos Jogos, expressou atenção para medidas eficazes não apenas da perspectiva ambiental, mas também financeira.
Johan Eliasch, 63 anos, Suécia
Empresário, banqueiro, dono de uma produtora de cinema e atual presidente da Federação Internacional de Esqui e Snowboard (FIS), Johan Eliasch propõe que o COI construa uma ponte entre o esporte olímpico e o paralímpico, para haver mais espectadores e maior visibilidade aos atletas paralímpicos. Além disso, o sueco vê a inteligência artificial como potencial para mudar como os fãs consomem esportes e Jogos.
A fortuna de Johan Eliasch é estimada em US$ 600 milhões (R$ 3,424 bilhões), e ele é conhecido como ambientalista. Em 2008, no Brasil, o sueco foi alvo de investigação pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) ao comprar terras na Amazônia com o discurso de proteção ambiental.
Juan Antonio Samaranch Jr, 65 anos, Espanha
Filho de Juan Antonio Samaranch, que presidiu a organização por 21 anos e esteve à frente durante as Olimpíadas de Barcelona, em 1992, é o atual vice-presidente do COI e defende a necessidade de renovação no movimento olímpico.
Juan Antonio Samaranch Jr é um dos favoritos à presidência. O espanhol enfatiza a importância de acelerar mudanças para manter a relevância e a integridade dos Jogos Olímpicos no cenário esportivo global. Ele também vê com atenção os conflitos políticos como desafio para o movimento olímpico.
Morinari Watanabe, 66 anos, Japão
Único candidato asiático na corrida à presidência, Morinari Watanabe é líder da Federação Internacionalde Ginástica (FIG) desde 2017. O japonês tem trabalhado para modernizar e aumentar a popularidade global da ginástica. Uma de suas propostas é bastante ousada: realizar os Jogos em cinco continentes ao mesmo tempo.
Watanabe propõe a extensão do mandato para 12 anos e defende a democratização das decisões do COI. Ele quer também trazer novas estratégias de marketing para os patrocinadores, como a transmissão 24 horas caso os Jogos sejam realizados em cidades simultâneas, em fusos horários diferentes.
Sebastian Coe, 68 anos, Reino Unido
Atual presidente da World Athletics, Sebastian Coe conquistou medalhas de ouro nas Olimpíadas de Moscou 1980 e Los Angeles 1984. O principal rival de Joaquim Cruz nas pistas presidiu o comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Sua experiência no esporte e na administração olímpica o posiciona como um dos principais candidatos à presidência do COI.
Coe propõe revisar o modelo comercial dos Jogos Olímpicos, buscando parcerias significativas que beneficiem diretamente os atletas. O britânico sugere que, em vez de adotar um modelo único de premiação em dinheiro para todos os esportes, seria mais eficaz criar estratégias comerciais adaptadas às particularidades de cada modalidade. Sebastian, assim como Thomas Bach, pretende reforçar a igualdade e a proteção para atletas mulheres.
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Como funciona a eleição para presidente do COI?

O mandato do Comitê Olímpico Internacional é de oito anos, com possibilidade máxima de 12. A votação é secreta, e 109 membros da entidade fazem sua escolha para presidente. O Brasil tem dois representantes entre os votantes: Bernard Rajzman, medalhista de prata no vôlei em 1984 e membro do COI desde 2013, e Andrew Parsons, atual presidente do Comitê Paralímpico Internacional.
Até 2025, foram apenas nove presidentes homens, entre eles o criador dos Jogos Olímpicos, Pierre de Coubertin, presidente por 29 anos. O alemão Thomas Bach está no comando desde 2013 e terminará o mandato no dia 23 de junho, quando acontecerá a transferência de cargo para o novo presidente.
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