Destaques no skate, surpresas no boxe e decepções no vôlei: o balanço do Brasil nos Jogos Olímpicos
Delegação brasileira bateu recorde de medalhas em Tóquio, se afirmou como potência e confirmou favoritismo em algumas modalidades, mas deixou a desejar em outras
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Com as duas pratas conquistadas por Bia Ferreira e pela seleção feminina de vôlei, o Brasil encerrou participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio. E o resultado da delegação brasileira no Japão é positivo. Com 21 medalhas (sete ouros, seis pratas e oito bronzes), o país ultrapassou a marca de 19, atingida na Rio 2016. O número de ouros foi igual ao de cinco anos atrás, mas o país ainda conseguiu subir uma posição na classificação geral, de 13º no Rio para 12º em Tóquio.
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Destaques
Surfe e skate chegaram em Olimpíadas nesta edição de Tóquio e o Brasil já se postulou como grande potência nas modalidades. Ítalo Ferreira, atual campeão do Circuito Mundial, conquistou a medalha de ouro, a primeira do país em Tóquio. Já nas pistas de skate três brasileiros fizeram bonito e conquistaram a medalha de prata: Kelvin Hoefler (primeiro pódio do Brasil na Olimpíada), Rayssa Leal, de apenas 13 anos, e Pedro Barros.
Quem confirmou favoritismo foi a dupla Martine Gael e Kahena Kunze, que foi bicampeã da vela na classe 49erX. Robert Scheidt, maior medalhista olímpico da história do país, ficou na oitava colocação na categoria Laser. Contudo, os resultados da modalidade são animadores, visto que outros brasileiros também conseguiram chegar na medal race, como as duplas Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, e Samuel Albretch e Gabriela Nicolino.
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Isaquias Queiroz foi outro que chegou como esperança de medalha para o Brasil e não decepcionou, conquistando o ouro na canoagem. Campeã olímpica há cinco anos, a seleção masculina de futebol também fez valer o favoritismo e subiu ao lugar mais alto do pódio. Multicampeã de mundiais, jogos sul-americanos e ouro no Pan de Lima, Ana Marcela Cunha ainda mirava a medalha olímpica para fechar a coleção, e conquistou logo o ouro em Tóquio.
Surpresas
Uma das gratas surpresas da Olimpíada de Tóquio foi Rebeca Andrade. A ginasta não só subiu ao pódio como conquistou um ouro e uma prata para o Brasil, desbancando fortes competidores norte-americanas e russas. No tênis, Laura Pigossi e Luisa Stafani nem sabiam que disputariam as Olimpíadas há algumas semanas, mas não só jogaram como conseguiram uma medalha de bronze em uma grande virada na disputa do terceiro lugar.
Outro atleta que não chegou como favorito nem à medalha, e conquistou o ouro para o Brasil foi Hebert Conceição. O boxeador de 23 anos brilhou e subiu ao lugar mais alto do pódio com um lindo nocaute na final. Também no boxe, Abner Teixeira surpreendeu e ficou com a medalha de bronze. Aos 21 anos, Alison dos Santos quebrou o recorde sul-americano na prova dos 400m com barreiras e conquistou o bronze no atletismo.
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Decepções
Se por um lado algumas modalidades surpreenderam e confirmaram favoritismo, outras decepcionaram em Tóquio, como é o caso do vôlei, tanto de quadra como de praia. Responsável por 13 medalhas para o Brasil em Jogos Olímpicos, o vôlei de praia não teve sucesso em Tóquio. As quatro duplas brasileiras sequer chegaram nas semifinais da competição, algo que não acontecia há 21 anos.
Apesar da prata com a seleção feminina, o vôlei de quadra também não rendeu o esperado. Na final contra os Estados Unidos, o Brasil levou um acachapante 3 a 0. Em Pequim 2008 e Londres 2012, eram as brasileiras que levantavam o ouro diante das norte-americanas. Mas a equipe masculina teve desempenho ainda pior e sequer chegou ao pódio, derrotada pela discreta Argentina na disputa do terceiro lugar.
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Felipe Wu, do tiro esportivo, que conquistou a medalha de prata há cinco anos no Rio, teve uma das piores campanhas dentre os competidores da Tóquio 2020. As equipes masculina e feminina de handebol sequer avançaram à fase de mata-mata do torneio. No geral, o saldo é bom, principalmente com a entrada de novos esportes na agenda, mas algumas modalidades preocupam e ligam alerta para os Jogos Olímpicos de Paris.
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