O chinês Sun Yang, dono de três medalhas de ouro olímpicas e 11 títulos mundiais na natação, teve a suspensão por dopig reduzida de oito anos para quatro anos e três meses pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) nesta terça-feira. Apesar da revisão da pena, o atleta de 29 anos está fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no mês que vem.
O astro protagonizou uma novela nos tribunais nos últimos meses para tentar se livrar de uma dura punição após se envolver em uma polêmica com doping. A decisão do CAS o permite competir nos Jogos de Paris, em 2024.
Sun, que é o atual campeão olímpico nos 200m livre e um dos maiores , se envolveu em uma briga no dia 14 de setembro de 2018. Fiscais de uma agência independente sueca foram à casa do atleta para aplicar testes antidoping. Alguns fatos, no entanto, aborreceram o atleta.
Um dos integrantes da equipe de coleta chegou a fazer vídeos e tirar fotos do procedimento sem autorização. O mesmo revelaria que não era de fato um fiscal credenciado e que ali estava acompanhando uma amiga. Diante da discussão, Yang se negou a realizar o exame de urina. Um de seus seguranças destruiu uma amostra do sangue coletado com um martelo.
O fato resultou em uma advertência da Federação Internacional de Natação (Fina), que levou em conta a inconformidade dos procedimentos dos fiscais. Mas a Agência Mundial Antidoping (Wada) não se conformou com a medida e apelou da decisão à Corte Arbitral do Esporte.
O processo, marcado por inúmeras controvérsias, foi encerrado com a decisão por unanimidade da instância máxima do direito desportivo de que o atleta teve culpa. No entendimento dos juízes, ele não poderia ter cometido aqueles atos, independentemente das condições em que aconteceu a coleta.
Em dezembro do ano passado, o maior nadador da história da China teve um recurso aceito no Tribunal Federal da Suíça após a defesa alegar que o chefe do painel da Corte Arbitral do Esporte fez comentários públicos xenófobos contra o nadador em suas redes sociais.