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OPINIÃO: Olimpíadas de Paris deixam lições sobre o que é ou não ‘decepção’ quando se trata de esporte

Esportes de alto rendimento são decididos nos mínimos detalhes

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Jenni Hermoso foi eliminada na semifinal do futebol feminino nas Olimpíadas (Foto: Sylvain Thomas / AFP)

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O esporte de alto rendimento exige a perfeição. Assim como em todas as outras edições, as Olimpíadas de Paris foram disputadas no mais alto nível. O maior evento multiesportivo do mundo, entretanto, é o momento em que o atleta precisa mostrar o diferencial. Com um modelo de "tiro curto", nos Jogos Olímpicos cada detalhe conta. As expectativas geradas previamente, podem se tornar o maior desafio ao longo da competição.

A desatenção que derrubou a favorita no judô 🥋

A japonesa Uta Abe chegou à Paris como a grande favorita da categoria -52kg no judô, após o ouro em Tóquio 2020. No entanto, a judoca foi surpreendida por Diyora Keldiyorova, do Uzbequistão, com um ippon a 50 segundos do final do tempo regulamentar.

A imagem do desespero de Abe tomou conta das redes sociais. A atleta de 24 anos chorou copiosamente ao fim do combate e precisou ser amparada por seu treinador para sair do tatame.

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Uta Abe sofreu um ippon em sua primeira luta nas Olimpíadas de Paris (Foto: Luis Robayo / AFP)

Bronze no vôlei feminino é mais um "e se" desta geração 🏐

Antes de mais nada, vale ressaltar que, quando se trata de Olimpíadas, não podemos considerar que qualquer resultado diferente do ouro seja uma "decepção". Porém, determinadas modalidades criam expectativas altas e ao não se concretizarem, frustram os torcedores e os próprios atletas. Este é o caso do vôlei feminino do Brasil.

➡️Olimpíadas: protagonismo de ‘ouro’ das mulheres em Paris 2024; veja números

A medalha de bronze é importante, mas ao se analisar a campanha, era possível imaginar a equipe na decisão olímpica. O time comandado por José Roberto Guimarães terminou na terceira colocação dos Jogos perdendo apenas quatro sets na campanha. Até a semifinal contra os Estados Unidos, as brasileiras haviam vencido todas as partidas por 3 sets a 0.

A derrota para os EUA não é um evento fora da curva - por se tratar da equipe campeã olímpica em Tóquio 2020. Mas com o desempenho apresentado, o Brasil se colocou entre as grandes favoritas ao ouro em Paris. Com isso, fica a sensação de um desempenho aquém do esperado.

Futebol com surpresa no masculino e feminino

A França era apontada como uma das grandes favoritas ao ouro olímpico em casa. Sob o comando do histórico jogador Thierry Henry, o time até fez grande campanha ao longo da competição. Com 1 a 0 no início da final, o cenário se encaminhava para um título dentro de casa. Mas os franceses sofreram contra os espanhóis e, após emapatarem e levarem para a prorrogação, os anfitriões perderam por 5 a 3.

Já no feminino, a Espanha era tão favorita quanto. A equipe atual campeã do mundo foi eliminada na semifinal pelo Brasil, em uma grande atuação das brasileiras. Nem mesmo Aitana Bonmatí, eleita melhor jogadora do mundo em 2023, foi capaz de levar o time à final. As espanholas ainda ficaram de fora do pódio depois perder para a Alemanha na disputa do bronze.

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Marcus D'Almeida se despediu precocemente 🏹

O brasileiro Marcus D'Almeida chegou aos Jogos como uma das esperanças de medalha da delegação brasileira. O arqueiro, entretanto, teve um desempenho abaixo do esperado na prova de ranqueamento, onde terminou apenas na 16ª posição. Com isso, o atleta enfrentou o número 2 do ranking mundial, atrás apenas do próprio Marcus.

Marcus D'Almeida
Marcus D'Almeida foi eliminado pelo segundo colocado do ranking mundial do Tiro com Arco (Foto: Punit Paranjpe / AFP)

Nas oitavas de final da competição, o brasileiro foi eliminado de forma precoce das Olimpíadas de Paris. Líder do ranking desde o ano passado, o arqueiro sequer disputou uma medalha na capital francesa.

Detalhes fazem a diferença

Há atletas que se dedicam uma vida inteira em busca da vaga olímpica. É o momento mais aguardado, onde eles esperam chegar ao ápice técnico e físico para conquistar a tão sonhada medalha. Mas a realidade é que apenas três nomes podem subir ao pódio e, com isso, a crueldade do detalhe entra em ação.

Um segundo, um chute, um saque. São tantos detalhes que podem separar o atleta da eternidade que o pódio olímpico proporciona. Por isso, é complexo apontar que determinada campanha ou atuação de um atleta é um "vexame", mas talvez seja importante repensarmos o que é considerado "decepção" dentro do cenário dos Jogos Olímpicos.

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