O Brasil perdeu para os Estados Unidos e para o seu emocional na final do vôlei feminino dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Tensas, sentindo o peso da decisão, as jogadoras brasileiras não conseguiram encontrar o seu jogo e foram presas fáceis para as norte-americanas que, ao contrário, jogaram soltas, com confiança e alegria, e venceram por fáceis 3 sets a 0 – parciais de 25-21, 25-20, 25-14 -, na madrugada deste domingo, na Ariake Arena, garantindo a medalha de ouro no Japão.
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O Brasil sentiu a pressão. Mas não deveria. Afinal, não entrou em quadra hoje como favorito. Aliás, desembarcou em Tóquio, há três semanas, para brigar, teoricamente, e na melhor das hipóteses, pelo bronze.
Uma atuação para esquecer, mas uma prata para se celebrar. Os Estados Unidos conquistam o ouro depois de baterem na trave duas vezes, com duas derrotas para o Brasil na decisão em Pequim-2008 e em Londres-2012. O jogo foi ruim. Não há dúvidas. No entanto, o resultado final foi satisfatório.
Drews marcou 15 pontos e Bartsch-Hackley com 14 pontos cada. Pelo Brasil, Fê Garay pontuou 11 vezes e Gabi, 10. A Sérvia, que derrotou a Coreia do Sul também por 3 a 0, na abertura da rodada, completa o pódio em Tóquio.
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Foi um dia em que nenhum fundamento funcionou. O passe foi inconstante, Macris foi inconstante na distribuição e na precisão e o saque não incomodou as norte-americanas, que começaram o jogo já com o rolo compressor ligado, fazendo 4 a 0 e depois 6 a 1. O Brasil chegou a encostar em 7 a 6, mas as americanas jogavam muito conscientes, sacando taticamente com disciplina – Fê Garay foi caçada em quadra – e marcando bem as nossas extremidades.
Roberta entrou bem no segundo set, quando o Brasil perdia por 20 a 11 e diminuiu a diferença para 20 a 16, mas as americanas retomaram as rédeas do jogo e fecharam o set. A terceira parcial foi a mais tranquila para os EUA: 25 a 14. Zé Roberto colocou todo o banco em quadra. Mas não era o dia do Brasil. Os Estados Unidos confirmaram a sua superioridade
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