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Thiago Braz comemora segunda medalha olímpica no salto com vara: ‘Bronze com maior gostinho de ouro’

Atleta conta que não desanimou na prova que e não pensou em sair sem subir no pódio  

Thiago Braz salta a 5,82 m e obtém a melhor marca da temporada (Foto: Wagner Carmo/CBAt )
Thiago Braz saltou 5,82 m e obteve a sua melhor marca da temporada (Foto: Wagner Carmo/CBAt )

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O brasileiro Thiago Braz fez história nas Olimpíadas, ao conquistar a medalha de bronze, na última terça-feira, na final do salto com vara do atletismo em Tóquio, com direito à melhor marca pessoal da temporada: 5,87m. Esta é a segunda medalha que ele ganha em Jogos Olímpicos, somada ao ouro do Rio, em 2016. Um dia após a conquista, ele contou que não sentiu o tempo passar.

- Cinco anos passaram voando e não dá nem para acreditar que 2016 não foi ontem. Foram anos de puro suor, de treinamento e de emoções. Para chegar aqui em Tóquio feliz com a medalha de bronze. Foram cinco anos de grandes emoções que passamos juntos e a recompensa veio - afirmou Braz.

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O atleta permaneceu obstinado, agradeceu o apoio da família, dos amigos e dos patrocinadores, e disse que não desanimou em nenhum momento.

- Eu falei toda hora que dali não sairia de mãos vazias. Cada um tem um trajeto de vida e dificuldades. Ru também tenho as minhas dificuldades. Para mim, esse bronze tem o maior gostinho de ouro. Sei que todos que enfrentaram junto de mim também sentem o mesmo gostinho. Eles sabem que eles arriscaram junto comigo.

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Em comparação com a edição do Rio de Janeiro, os Jogos de Tóquio foram totalmente diferentes sem a presença de público. Thiago contou como driblou a falta do calor da torcida brasileira.

- Se eu falar para vocês que o público não ajuda, estaria mentindo. Acho que a emoção que o público nos transmite é muito grande. Dá um brilho na competição. Infelizmente, estamos em um período em que não podemos ter. Mas, antes da competição, todo mundo que estava em volta de mim fez um vídeo e uma comemoração motivacional. Então, eu sempre lembrava dessa motivação na hora da prova. Só dependia de mim naquela hora. As dificuldades estão aí para passarmos por cima delas - disse Braz.

Ele quase perdeu o recorde para o sueco Armand Duplantis, que foi o vencedor da prova. O adversário tentou três vezes alcançar a marca de 6,19m, mas só chegou a 6,02m. Ele ficou atrás da marca do atual recordista Thiago Braz, que fez 6,03m nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

- Afinal de contas, o recorde era meu, mas eu não tinha muito o que fazer. Mas ele continua sendo meu, porque ele errou, eu saí da prova e continuo com meu recorde.

Sobre a visibilidade do esporte, Thiago concluiu a coletiva de imprensa pedindo mais apoio e patrocinadores ao atletas brasileiros, e falou sobre a dificuldade de chegar a uma Olimpíada sem nenhum tipo de ajuda.

- Eu acredito que nenhum atleta consiga ir para frente sem apoio nenhum. O que que poso fazer é um convite para que as pessoas possam ver os esportes com olhos diferentes. E a todos os atletas é saber o peso que a camisa do Brasil carrega. Não é fácil, quando falamos sobre grandes preparações olímpicas, preparação de competições é muito difícil. A gente precisa desse "fogo" a mais para conseguir ir para frente. Sem esses apoiadores, eu não chegaria onde cheguei e talvez não estaria aqui hoje.

Agora, ele pretende voltar logo ao Brasil, pois dia 8 de agosto é aniversário de sua esposa e o atleta pretende levar a medalha de presente para ela. 

Confira o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio:

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