Opinião: ‘A linha tênue entre convicção e teimosia de Abel no Palmeiras’
Treinador deve manter esquema que não vem funcionando para duelo contra o Boca Juniors
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Com apenas um gol no mês de setembro e duas bolas na rede nos últimos seis jogos, o ataque do Palmeiras vem sendo muito criticado por mídia e torcida, e claro que Abel Ferreira está pressionado por achar soluções para o setor ofensivo alviverde em um momento decisivo da temporada.
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Apesar do clamor de muitos alviverdes que querem Endrick como titular diante do Boca, tudo leva a crer que Abel Ferreira vai manter a mesma escalação do duelo da semana passada em La Bombonera, com Marcos Rocha e Mayke dobrando pelo lado direito da equipe.
Pra muitos, teimosia e insistência em algo que claramente não vem funcionando. Para outros, pura convicção do maior treinador da história do clube, que já provou estar certo em tantos outros momentos diante de dúvidas e questionamentos da torcida.
A linha entre convicção e teimosia realmente é muito tênue. Todo teimoso é um convicto. Se tem algo que é característica do trabalho de Abel Ferreira, esse ponto é a convicção que o treinador tem em algumas de suas escolhas, por mais que o mundo da porta pra fora da Academia de Futebol não entenda.
O treinador e sua comissão técnica tem o dever de acreditarem nas suas convicções e no trabalho diário que só eles conseguem presenciar. Time nenhum do mundo consegue ter êxito sendo escalado por pressão pública da torcida, diretoria ou seja lá quem for.
Mas o torcedor também tem o direito de criticar e exigir mudanças quando não vê a coisa funcionando. Faz parte do jogo, e por mais patadas que Abel distribua nas coletivas, ele conhece a torcida do Palmeiras muito bem para entender que a corneta vai soar alto nessas circunstâncias.
Ninguém é maior que a instituição, nem Abel.
Independente do que aconteça na quinta-feira, ele seguirá sendo o maior treinador da história do clube e ídolo incontestável dos palmeirenses. Se passar pra final, ele entra para uma lista seleta de treinadores que chegaram a três finais de Libertadores, que conta com Marcelo Gallardo, Telê Santana e Renato Gaúcho.
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Mas ele também precisa aceitar que toda escolha gera uma reação, e em caso de mais uma atuação tímida do ataque alviverde, o torcedor também tem todo direito de criticá-lo.
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