O Palmeiras encerrou sua preparação para enfrentar o Chelsea, neste sábado, às 13h30 (de Brasília), pela final do Mundial de Clubes. Na véspera da partida, nesta sexta-feira, Abel Ferreira participou da coletiva oficial da Fifa e deu mais uma "aula" em suas respostas. Apesar de admitir o abismo financeiro entre as equipes, ele aposta nas virtudes palmeirenses para tentar levar o título.
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Na entrevista nesta noite, no horário de Abu Dhabi, o treinador português foi questionado sobre o favoritismo do clube inglês na decisão e reconheceu que se o aspecto econômico for levado em conta, não há como competir. No entanto, para ele, é possível equilibrar as forças com os valores futebolísticos e emocionais que o Verdão vem demonstrando ao longo desse período vitorioso.
- Se vamos entrar nas questões financeiras, estamos fora. Então vamos entrar no que somos bons, na coragem, na valentia, com a bola ter coragem para impor nosso jogo, fintar, driblar, dar mais que um toque. Que os jogadores tenham a cabeça em paz para colocar tudo a serviço do coletivo. Juntar o talento com o trabalho, porque aí seguramente a vitória fica mais próxima. Não sei o resultado, sei o nosso propósito, o que temos de fazer. Amanhã é um jogo que estou grato por estar aqui, meus jogadores também. Nosso objetivo é ganhar, não há outra forma de encarar este jogo. E se eu quero ser o melhor, tenho que ganhar dos melhores - garantiu o comandante alviverde.
- Como já disse, é uma equipe que gastou para montar este plantel 650 milhões de euros e o Palmeiras gastou 32 milhões para compor este elenco. Mas os valores que vão fazer a diferença amanhã são a competitividade, a amizade, a coragem, a ajuda, audazes para defender sem bola e com ela colocar o adversário em dificuldades. Nisso podemos nos comparar.
No aspecto de qualidade técnica, apesar de ser quase consenso de que os níveis são bastante diferentes, Abel garante que é possível bater o Chelsea, principalmente pelo fato de o gramado proporcionar um futebol melhor, algo que no Brasil acaba não acontecendo pela qualidade dos campos por aqui.
- Claro que dá para ganhar, o futebol é mágico por isso mesmo. Dá para ganhar. Contra quem for. As probabilidades do City na final da Liga dos Campeões apostavam neles e ganhou o Chelsea. Portanto claro que dá para ganhar. Temos de melhorar e muito (na América do Sul) a qualidade dos gramados. Eu vejo porque acham que o jogo no Brasil é lento. Tem única e exclusivamente a ver com o campo. Amanhã vão ver o time rápido. Não adianta ter uma Ferrari e andar nas ruas de São Paulo, tem de andar nas pistas.
Por fim, Abel disse não ter peso nas costas para buscar o resultado na final do Mundial. Segundo o técnico português, o Palmeiras vai entrar em campo para fazer o que melhor sabe, com postura sólida e buscando fazer um gol a mais do que o adversário. Estar no Mundial já é algo gratificante por si só.
- Eu me sinto muito bem, só o fato de poder estar aqui é gratificante e maravilhoso, fruto de muito trabalho. Há muito tempo um time da América do Sul não ganha, e demonstra o tamanho da montanha que temos de escalar. Mas acreditamos que podemos fazer, que vamos ganhar e fazer um grande jogo amanhã. Vamos colocar de lado a capacidade financeira e colocar o respeito, amizade, a entreajuda, a competitividade e a inspiração.
- É nisto que vamos apostar e amanhã queremos muito fazer como equipe, tem sido nosso grande segredo, assim que vejo o futebol, quase como uma sociedade, em que todos dependemos uns dos outros. Isto que vamos procurar fazer em campo, impor o jogo de forma sólida e fazer mais um gol que nosso adversário - finalizou o palmeirense.