Abel explica sua ‘participação’ na quebra do jejum de Dudu no Palmeiras: ‘Sorte que não o tirei’
Técnico do Verdão disse que em outra ocasião poderia ter tirado o camisa 7 e explicou o que isso pode acarretar
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Neste domingo, o Palmeiras venceu o Goiás por 5 a 0 com direito à quebra de jejum de gols de Dudu, que finalmente balançou a rede em 2023. O feito foi celebrado por todos os jogadores e pela comissão técnica que, em nome de Abel Ferreira, teve uma participação no fim dessa zica. Isso porque, em outra ocasião, possivelmente o camisa 7 seria substituído em um processo de controle de desgaste, que agora pode ser um problema.
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Em entrevista coletiva após a partida em Goiânia, Abel falou da "sorte" por ter mantido o atacante em campo até o apito final. Segundo o técnico, ele sabia do desejo de seu jogador e optou pela manutenção em campo. No entanto, atentou para as consequências disso daqui para frente.
- Hoje deu sorte que eu não o tirei, porque ele joga numa posição que eu chamo de acelerador de jogo. Hoje acabei por deixá-lo até o fim, porque sabia que ele queria muito fazer esse gol, mas depois isso vai ter consequências à frente. Isso é com todos, nós temos pouco tempo para recuperar e quando eu tiro os aceleradores de jogo, é pensar um pouquinho à frente. Eu sei que às vezes eles ficam chateados, porque todos querem jogar até o fim, vocês viram o Menino "agora que o jogo está bom, vai me tirar?".
De acordo com Abel Ferreira, esse pensamento à frente faz parte das funções do treinador, mas não deixou de comemorar o presente pelo feito de Dudu. Ainda em cima do gol, o técnico português fez questão de destacar a comemoração do grupo pela bola na rede.
- A função do treinador é ver à frente, é ver o que o torcedor não vê, é ver o que os jogadores não veem, é ver o que a diretoria não vê, por isso somos treinadores. Eu particularmente hoje deixei ele e o Artur ficarem até o fim para ver se essa zica saía. Felizmente deu certo para ele para nós. Gostei, mais do que o gol, da forma com que nós festejamos o gol.
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Além do que aconteceu em campo, Abel Ferreira explicou todo o processo que possibilitou esse gol de Dudu. Segundo Abel, o camisa 7 tem pedido para ficar mais tempo no treino para aperfeiçoar finalizações. Por fim, o treinador descreveu a dinâmica do ataque do Verdão.
- Nós temos uma dinâmica diferente na direita e na esquerda. Na esquerda temos um estrutura mais fixa e na direita uma estrutura mais móvel. Dudu não está sempre por fora nem sempre para dentro. O Piquerez está por fora ou está por dentro, quando o Dudu está por fora, o Piquerez está por dentro. O Dudu, além de de ser um finalizador, é um assistente, tem muita assistência, não é um finalizador nato. É um jogador que em uma temporada normal tem que fazer dez a 15 gols, um jogador do nível dele tem que fazer, ele sabe, ele se cobra, ele pede para ficar mais para aprimorar o gesto técnico - disse Abel antes de completar:
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- Não é por falta de ocasiões que ele tem tido, é pelo futebol, que a zica às vezes não sai, eu não acho, é tudo no tempo de Deus. Eu estou aqui para ajudar os jogadores, a minha missão é essa, é ajudar, é corrigir, é educar, se for preciso, para quando chegar dentro de campo façam o máximo esforço a serviço do Palmeiras - finalizou Abel.
O Palmeiras agora é o vice-líder do Brasileirão com dez pontos em quatro rodadas. O próximo compromisso do time no campeonato é nesta quarta-feira, às 21h30, no Allianz Parque, quando recebe o Grêmio, pela quinta rodada da competição.
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