Em relato exclusivo ao Coache’s Voice, o técnico Abel Ferreira relembrou os bastidores do acerto com o Palmeiras, em 2020. Segundo o português, sua família não apoiou a decisão dele em trocar o PAOK, da Grécia, pelo Verdão. Ele disse que tomou a decisão indo contra seus pais e esposa.
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- Meus pais disseram: "Não vás! Não vás! Não vás!". A minha mulher disse: "Não vás! Não vás! Não vás!" Eu disse-lhe: "Se tu gostas de mim, vais continuar a gostar, mas eu vou”. Fui contra toda a minha família. Ninguém queria que eu viesse. Ninguém. Eu vim, única e exclusivamente por convicção própria. Mesmo sabendo que a média de permanência dos treinadores no Brasil são três meses - relatou
Há menos de dois anos, o Palmeiras decidiu contratar Abel para substituir Vanderlei Luxemburgo. Desde que chegou ao clube, soma o bicampeonato da Libertadores, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e o recente Paulistão.
Sobre todas as conquistas, o treinador disse que nada mudou. Para ele, o que importa é manter todos os princípios e valores de origem, sem deixar que o sucesso suba à cabeça.
- Meus valores não mudaram nada desde que cheguei aqui. A única coisa que mudou é que tenho mais títulos. E as pessoas te reconhecem mais. Mas os meus princípios e a minha maneira de ser são exatamente iguais. Eu não consigo me lembrar dos troféus. Consigo me lembrar dos relacionamentos, dos afetos que criamos aqui, da família. A Libertadores, a taça, não é isso que me vem à mente. Vem todo o trabalho, todo o sofrimento, o atravessar o Atlântico e deixar a minha família para trás - concluiu.
Vale lembrar que, após renovação de contrato até o fim de 2024, esposa e filhas de Abel Ferreira irão se mudar para São Paulo no segundo semestre para viver com o comandante palmeirense, perto da Academia de Futebol.