Abel Ferreira, após derrota do Palmeiras pela Recopa: ‘Jogar no Allianz faria muita diferença’
Em coletiva, técnico do Verdão falou sobre ter que jogar decisões em Brasília, atribuiu a culpa dos recentes fracassos a si mesmo e afirmou que está orgulhoso de sua equipe<br>
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O técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva para a imprensa após a perda da Recopa Sul-Americana contra o Defensa y Justicia-ARG. Durante o papo, o comandante do Palmeiras lamentou que a partida não pudesse ser disputada no estádio do Verdão, o Allianz Parque, afirmando que faria muita diferença.
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– Infelizmente, por circunstâncias alheias à final, o jogo teve que ser realizado aqui (em Brasília), eu preferia que fosse na nossa casa, no Allianz.
A Recopa não pôde ser realizada na casa do Alviverde Imponente pois a Conmebol exigia uma confirmação do local da partida em até 15 dias antes do apito inicial e, à época, havia incerteza se os jogos de futebol estariam liberados no estado de São Paulo, devido às medidas de combate à Covid-19 impostas pelo governo local. Desta forma, o duelo diante do Defensa y Justicia foi marcado para o Mané Garrincha, em Brasília.
– No primeiro tempo, criamos mais do que o adversário e poderíamos ter feito mais gols. Tentamos da maneira que sabemos, em um gramado que não estava em boas condições. Cheio de buracos. Este detalhe de jogar neste campo (Mané Garrincha), e não no nosso, faz muita diferença – lamentou o técnico.
O português também fez questão de negar que o Defensa fosse uma equipe frágil no aspecto técnico e analisou a nova derrota em decisões em um intervalo de três dias, atribuindo toda a culpa do fracasso a si mesmo.
– Do outro lado, havia uma equipe de muita qualidade individual e coletiva, muito intensa, uma equipe argentina. Mas o que fica é o resultado, que é o que sempre conta. Estivemos a pouco mais de um minuto de levantar a taça, e não fomos capazes devido a um chute de uma distância de quarenta metros que nos obrigou a ir à prorrogação. Também tivemos uma expulsão, e esses são fatores que determinam o desenrolar do jogo. Tivemos um pênalti ao nosso favor, que poderia nos deixar à frente, mas o futebol é isso. E, como no futebol do Brasil sempre queremos encontrar culpados, o culpado de tudo sou eu – afirmou Abel.
Por fim, o treinador comentou sobre a dificuldade de reerguer o ânimo da equipe para o Choque-Rei, que está marcado para menos de 48 horas após o apito final da Recopa.
– Vai ser um desafio, não sei como vamos reagir. Foram dois jogos em que nós, de fato, perdemos nos pênaltis tendo tudo para ganhar durante a partida, essa que é a grande verdade. Temos que, neste momento, aguentar, sofrer e caminhar em frente. Mas é preciso dizer: para perder, é preciso estar aqui. Esta equipe, não comigo, ganhou o Paulista. Não ganhou o Brasileirão pois era impossível lutar por mais devido ao calendário que tínhamos. Ganhamos a Libertadores e Copa do Brasil pois fomos às finais, e perdemos o Mundial, Recopa e Supercopa pois chegamos às finais. Vou dizer que tenho um orgulho tremendo desta equipe, sabemos que este ano vai ser muito duro, por várias circunstâncias, mas é aguentar, suportar e seguir em frente – concluiu.
O Palmeiras volta a campo na próxima sexta-feira (16), às 22h, contra o São Paulo, no Allianz Parque, pelo Campeonato Paulista. A partida marcará a volta do Verdão ao Estadual desde que este foi suspenso, em março.
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