Abel Ferreira fala sobre longevidade no futebol brasileiro e parabeniza adversário do Palmeiras: ‘Desafiador’
Treinador do Verdão ressaltou as dificuldades de se comandar um grande clube no Brasil e respondeu críticas recebidas por colegas de profissão
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O Palmeiras foi até Bragança Paulista e arrancou um empate por 2 a 2 com o RB Bragantino, pelo Brasileirão, após sair perdendo. Curiosamente, os times são comandados pelos treinadores mais longevos do futebol nacional. Abel Ferreira está há 1 ano e 9 meses no clube, enquanto Barbieri há 1 ano e 11.
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Em entrevista coletiva após o empate, o treinador palmeirense falou sobre essa longevidade e parabenizou o adversário por ‘ter a confiança do clube e também manter a estabilidade emocional’.
- É um treinador jovem, de muitas ideias. Ano passado fez uma ótima temporada e neste, para vocês verem como é complicado manter o alto nível, está mais difícil. É normal, faz parte. É muito difícil se manter no cargo também, vocês (imprensa) sabem mais do que eu. Vocês conseguem influenciar a massa. Eu, antes de chegar ao Brasil, liguei para um treinador português que aqui já estava e ele me disse “anda, porque é desafiador”. A imprensa aqui emprega e desemprega os treinadores. Aceitei o desafio. O trabalho do Barbieri é bem feito porque ele tem a confiança do clube. Um clube que trabalha de dentro para fora. O grande problema dos clubes é a instabilidade emocional, internamente falando - disse Abel Ferreira, que completou:
- Muitos se deixam levar por terceiros, de fora do clube. Felizmente tenho um clube que sabe muito bem o que quer, os riscos que vai correr, como se ganha, como se perde, e internamente temos um caminho que vamos seguir, independente de opiniões externas. A diferença entre os dois times é a pressão, que é muito maior no Palmeiras, mas a qualidade o Bragantino tem.
Por fim, o técnico português também comentou sobre as críticas recebidas por colegas de profissão e como lida com isso. De acordo com Abel, o importante é ‘manter o equilíbrio’ para que haja uma firmeza no ofício.
- Eu sei que sou novo, mas já ando no futebol profissional há 23 anos. Lido da mesma maneira com críticas e elogios. As críticas que ouço são aquelas que me tocam no coração, as outras são as outras. Nunca vi ninguém criticar a minha equipe técnica, que ganhou tanto ou quanto eu. Cada um olha para o lado que quer. Lido com tudo com muito equilíbrio. Sinto muito orgulho da minha equipe aqui no Brasil. É muito difícil ser treinador aqui no Brasil e essa parte já entendi. Entendo isso como título. Conseguimos nos manter aqui e me sinto muito orgulhoso - concluiu.
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