Abel não vê o Paulistão como preparação ideal do Palmeiras para o Mundial: ‘É o que temos’
Treinador mostra preocupação com sequência de jogos do Verdão até competição nos Emirados Árabes Unidos, prioridade absoluta no início do ano
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Abel Ferreira voltou a falar com a imprensa após o bi consecutivo da Copa Libertadores neste domingo (23), após a vitória do Palmeiras sobre o Novorizontino por 2 a 0, na abertura do Campeonato Paulista. E, claro, o assunto foi o Mundial de Clubes. Na avaliação do comandante português, o Estadual não é a preparação ideal para o Palmeiras jogar a competição continental.
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- Se vocês me perguntarem, eu digo que não é ideal (usar as partidas do Paulistão como preparação para o Mundial). Mas infelizmente na nossa vida temos que lidar com esse contexto. Conforme está o calendário temos que nos adaptar, tendo dois dias de descanso a cada partida. Amanhã (segunda, 24) vamos ter uma reunião com o núcleo de performance e vamos ter que rodar a equipe para poder aguentarmos o máximo que conseguirmos até chegar o Mundial.
O duelo desta tarde abriu uma verdadeira maratona de jogos do Palmeiras no ano que pode ter até 83 partidas disputadas em nove meses e meio. Isso por conta do calendário reduzido no ano devido à disputa da Copa do Mundo no Qatar.
A maratona já será sentida neste início, afinal o Palmeiras realizará ainda três partidas pelo Paulistão, ante Ponte Preta (quarta-feira, 26), São Bernardo (29) e Água Santa (1º), antes do embarque para Abu Dhabi, no dia 2 de fevereiro.
- Não é só o Mundial, o Palmeiras está sempre em teste quando joga. E nosso jogador tem essa capacidade de entender que é nossa obrigação vencer, seja lá quem enfrentar. E ninguém quer ganhar mais que essa diretoria, esse treinador, esse elenco. O Palmeiras se alimenta de títulos e vitórias. Quando isso não acontece todos nós se sentimos frustrados. Por conta própria subimos nosso sarrafo e o que nos resta agora é superar os nossos limites.
Nesse contexto, Abel elogiou o desempenho do Palmeiras no duelo deste domingo. Segundo o treinador, se a ideia geral é testar o grupo para o Mundial, o jogo em Novo Horizonte teve a sua importância.
- Muito honestamente o que eu mais gostei foi da seriedade da nossa equipe, 100% focada, 100% unida, 100% competitiva. Como disseram, em um contexto de jogo onde tivemos muito calor, o gramado estava seco, meus jogadores olharam para essas dificuldades e transformaram elas em desafios. Foi isso que fizemos aqui. Nossas capacidades físicas não estão das melhores, foi da resiliência e da capacidade de fazer um jogo muito sério. É o que precisamos ser, uma equipe muito competitiva, centrada, sabendo o que fazer em cada jogo.
'Subir o sarrafo', expressão muito utilizada pelo português tem os seus custos. E Abel já antecipa à torcida que apesar de pessoalmente querer ganhar o Paulistão, o aspecto físico pode pesar.
- Vamos disputar de novo o Mundial e isso vai fazer com que os jogos do Paulista se acumulem outra vez. Enquanto todas as equipes vão ter duas semanas limpas, nos vamos fazer o Mundial. Nossos adversários vão descansar e nos estamos a competir. Já falei falei mil e uma vezes sobre isso, vamos olhar como um desafio, com um jogo a cada dois dias, não era isso o que eu queria, mas como disse todos os jogos são obstáculos para superarmos. A única coisa que precisamos é vencer o calendário e é assim que vamos fazer. A densidade competitiva vai ser exatamente igual ao ano passado. Mas temos esse efeito colateral em relação aos nosso rivais. Queremos ganhar o Paulista assim como eles, mas essa é a grande diferença.
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