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Allione quer jogar mais em 2017: ‘Se for ficar no banco, acho melhor sair’

Feliz pelo título brasileiro, meia diz que não teve bom ano individualmente e está <br>decidido a mudar de clube caso siga reserva. Racing se interessa, mas Inter anima mais

Allione foi expulso no jogo contra o Grêmio, que eliminou o Palmeiras da Copa do Brasil
imagem camera(Foto: Marco Galvão/Fotoarena)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 14/12/2016
20:11
Atualizado em 15/12/2016
11:16

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Ao mesmo tempo que vibra por ter conquistado o título brasileiro com o Palmeiras, Allione lamenta por ter jogado pouco em 2016 e pensa no futuro. O argentino de 22 anos está decidido: se for para continuar fora da equipe titular, o melhor é mudar de ares.

- Se a minha posição no clube for ficar no banco, acho que o melhor é sair e ir para um time onde possa jogar mais - disse o meia, que curte férias em Amenabar, na Argentina.

O Racing (ARG) é um dos clubes interessados no camisa 15 do Palmeiras, que tem contrato até o meio de 2019. A preferência de seu estafe, porém, é mantê-lo no futebol brasileiro e acertar um contrato de empréstimo com opção de compra.

A possibilidade de jogar no Internacional, clube que tentou contratá-lo mais de uma vez neste ano, é bem vista por quem trabalha com ele. Grêmio e Rosario Central (ARG) também tentaram levá-lo em 2016, mas o Palmeiras não liberou. Ele admite que gostaria de ter ido.

- Minha intenção é jogar. A minha e de qualquer jogador. Se o jogador não joga, procura sair. Lógico que acabou sendo bom ficar, porque o time foi campeão brasileiro, o que é bom para qualquer atleta, algo que fica no currículo, mas volto a repetir, naquele momento o que eu queria era sair porque sabia que teria mais chances - reconheceu Allione.

O argentino foi indicado por Ricardo Gareca e chegou ao Palmeiras em 2014, após se destacar no Vélez Sarsfield (ARG). Jogou 18 partidas naquele ano, que por pouco não terminou com o time rebaixado à Série B, mas deixou boa impressão.

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Em 2015, precisou passar por uma delicada cirurgia no joelho direito e não conseguiu se firmar: foram 28 jogos e dois gols marcados. Em 2016, um novo problema no joelho atrapalhou, desta vez no esquerdo e mais leve. Foram 25 jogos e cinco gols ao longo da temporada.

- Tirando o título, pessoalmente o ano não foi bom. Eu esperava jogar mais, ser mais importante. A lesão acabou atrapalhando a sequência que eu estava tendo. Estava jogando, fazendo gols, era titular. Quando voltei, já havia novos jogadores e perdi espaço. Na parte pessoal, não foi bom. No coletivo, ótimo -  concluiu.

Veja um bate-bola exclusivo com Allione:

O que planeja para 2017?
O que eu penso para o meu futuro é conseguir uma sequência de jogos, estar em um lugar em que possa jogar. Se for no Palmeiras vou ficar tranquilo, porque é o lugar onde estou. Se eu sei que vou jogar mais, fico. Mas se o treinador acha que não vou ser importante, que não vou ter sequência, o melhor é procurar outro clube em que possa jogar.

Vai esperar a chegada do novo técnico para saber se será usado?

Neste mês acontecem as transferências e meu empresário está falando com a diretoria do clube para ver o que é melhor para mim. Estou mais descansando. Também pensando no futuro, só que ele é que fala com o clube, das propostas que chegam.

Prefere clubes da Argentina, Brasil ou futebol europeu?
Eu gostaria de ir para um time em que sei que vou jogar, mas não vou fazer a loucura de ir para um time que não vai brigar por nada. Vou procurar uma opção boa para mim, onde além de jogar eu possa disputar alguma competição importante. Lógico que todo jogador quer ir para a Europa, mas não tenho preferência.

A Libertadores não te faz ter vontade de jogar no Palmeiras, mesmo se for para ficar no banco?
Minha preferência seria estar em um time que vai para a Libertadores e onde eu pudesse jogar, seria o melhor. Mas para ficar no banco de reservas, não é o que quero. Sei que tem a Libertadores, mas já joguei três vezes. Se você está em uma competição, você quer jogar. Então se for para ficar no banco, acho que o melhor é sair para um time onde possa jogar.

Ainda pensa na expulsão contra o Grêmio?
Quando qualquer jogar ou profissional erra, pensa mais naquilo do que quando faz o certo. Lógico que me atrapalhou. Acho que eu estava bem até ser expulso, mas errei. Não tinha o que fazer, só levantar a cabeça e trabalhar mais para não voltar a errar.

Depois disso, o Cuca te deu uma sequência de jogos e disse que teve uma atitude de pai. Como recebeu esse gesto?

A atitude dele foi muito boa, agradeci a ele e ao grupo pelo apoio. Sei que para os outros deve ter sido difícil entender que depois do que eu tinha feito o treinador me daria confiança, mas todo mundo entendeu e eu fiquei grato. O que ele fez não é qualquer treinador que faria. Ele foi muito bom comigo nesse sentido. Depois saí do time, perdi a titularidade, não era o que eu queria, mas faz parte. Ele achou melhor colocar outro e deu certo também, então tenho que respeitar, aceitar o que ele fez e continuar torcendo pelos companheiros.

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