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Alvo do Verdão, Muñoz quer Europa e diz não ter pressa de deixar Colômbia

Atlético Nacional tem dificultado as negociações do Palmeiras e o lateral-direito afirmou que não enxerga razão para sair agora do clube, colocando um grande europeu como meta

Daniel Muñoz
imagem cameraCada vez mais longe do Palmeiras: Atlético Nacional dificulta e Daniel Muñoz deseja sair para Europa (Divulgação)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 28/04/2020
17:53

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Ainda nos planos da diretoria do Palmeiras, Daniel Muñoz parece cada vez mais distante. O Atlético Nacional, clube do lateral-direito, tem dificultado as negociações e o jogador, em conversa transmitida ao vivo no Instagram, deixou claro que não tem pressa de sair da equipe e seu objetivo é atuar na Europa.

- Meus sonhos estão sendo cumpridos pouco a pouco. Não tenho pressa de sair do Nacional. É a minha casa, onde estou com meu povo, muito cômodo. Já existem situações externas que podem acontecer e que saem do controle das minhas mãos. Mas procuro me consolidar. Quero sair pela porte da frente e, depois, ir para outra grande equipe. Espero que seja da Europa - disse Muñoz, cuja rescisão contratual é de 7 milhões de dólares (R$ 38,9 milhões).

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Após um mapeamento no mercado, o Palmeiras definiu Daniel Muñoz como alvo para a lateral direita, principalmente depois de vê-lo atuando contra o time na Florida Cup. Mas o Atlético Nacional sempre dificultou a negociação, exatamente por conta da dívida por Borja, e, nesta semana, o clube colombiano ganhou ação na Fifa contra o Verdão. O que não inviabiliza totalmente, mas deixa a sua contratação considerada, no mínimo, improvável.

Em 12 de fevereiro, o Palmeiras enviou Anderson Barros, diretor de futebol, e Leonardo Holanda, advogado do clube, à Colômbia para avançar no negócio. Encontraram resistência e, ainda assim, foi feita uma oferta de 2 milhões de dólares (R$ 8,7 milhões, na época) só por Muñoz, além de proposta de acordo por Borja. Mas a resposta foi negativa, e os recentes episódios distanciam ainda mais o lateral-direito pedido pelo técnico Vanderlei Luxemburgo.

Barros e o presidente Maurício Galiotte nunca desistiram do jogador, nem mesmo quando foram concluídas as inscrições para a primeira fase da Libertadores. O perfil apaziguador do diretor de futebol, tido como fundamental na chegada de Rony, do Athletico-PR, era um dos trunfos. A expectativa era tê-lo no segundo semestre. Nos últimos dois meses, porém, as tratativas praticamente congelaram, indicando que, dificilmente, poderá ser concluída com a vinda do lateral para o Verdão.

Por isso, a ação da Fifa a favor do Atlético Nacional, na prática, pouco mudou. Até porque, mesmo com a discordância em relação a Borja, a ponto de o Verdão preparar um recurso no CAS (Corte Arbitral do Esporte, em inglês), há uma relação amigável entre os clubes. O advogado do Palmeiras, André Sica, inclusive, revelou à Fox Sports que existem conversas avançadas para um acordo entre os clubes sobre a dívida. E o Atlético Nacional já deixou claro que libera Muñoz somente se houver um acerto em relação à situação de Borja.

A partir daí, contudo, vem outro problema: financeiro. Os dirigentes seguem em um estudo profundo para detectar exatamente o impacto econômico da paralisação do futebol e também do acesso ao clube social causado pela pandemia de coronavírus. Mesmo com Crefisa e Faculdade das Américas, principais patrocinadores, e Puma, fornecedora de material esportivo, mantendo os pagamentos, gastar em contratações fica mais difícil.

Assim, por enquanto, o foco das conversas com o Atlético Nacional já não é mais tanto por Daniel Muñoz. O jogador de 23 anos, frequente na seleção colombiana, já vinha sendo acompanhado pelo clube e agradou ao ser visto de perto no empate por 0 a 0 diante do próprio Palmeiras, na Florida Cup. O lateral-direito tem as características que Luxemburgo gostaria de encontrar em alguém no setor, com velocidade, capacidade defensiva e chegada frequente ao ataque, tal como faz o lateral-esquerdo uruguaio Matías Viña.

Agora, Borja é o foco. Palmeiras e Atlético Nacional divergem na compra de 30% dos direitos econômicos de Borja, dono dos outros 70%, em 2017. Os colombianos entendiam que, se ele não fosse vendido até agosto de 2019, o Verdão teria de adquirir esta fatia por 3 milhões de dólares (R$ 16,7 milhões). O Palmeiras considera que não há prazo definido e pretende repassar quando vendê-lo - o atacante, no momento, está emprestado ao Junior Barranquilla.

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