Amadurecimento dentro e fora de campo foram fundamentais para um Menino decisivo no Palmeiras
Meia marcou os dois primeiros gols do Verdão na goleada por 4 a 0 na final do Paulistão, contra o Água Santa
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Há pouco mais de um ano, Gabriel Menino era cortado da disputa do Mundial de Clubes pelo Palmeiras. A decisão, que era sobretudo um recado para que o atleta reagisse fora de campo, também teve o seu lado técnico, justificado à época pelo técnico Abel Ferreira.
- Em relação ao Menino, vocês sabem que ele é um coringa que temos, que pode jogar na lateral direita, como oito ou como sete. Optamos para jogar como sete e temos Dudu e Breno, de volantes temos Atuesta e Jailson, e na lateral temos Mayke e Marcos Rocha. São as minhas decisões - disse o treinador palmeirense à época.
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Menino, então, amadureceu. E se achou. Fora de campo, se mostrou mais focado, tanto que do trio de garotos que não foram relacionados para o Mundial, que também tinha o zagueiro Renan e o volante Patrick de Paula, ele foi o único que permaneceu no Palestra. Dentro das quatro linhas, deixou de ser um coringa e retornou a sua posição de origem: volante.
Na temporada passada, o camisa 25 já havia mostrado os primeiros sinais da sua virada na carreira. Abraçou algumas chances que foi dada a ele e mostrou o que viria ser uma constante: o poder de decisão. Foi dele o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Internacional, no Allianz Parque, na última rodada do primeiro turno do Brasileirão, por exemplo. O Colorado seria o vice-campeão ao fim da competição, com o Palmeiras conquistando o hendeca campeonato nacional.
Mas isso não era o suficiente. No fim do ano passado, Gabriel Menino quase foi negociado com o Vasco. A situação, no entanto, não caminhou, e o atleta permaneceu no Verdão.
Mesmo com a saída de Danilo, para o Nottingham Forest, da Inglaterra, na véspera da estreia palmeirense no Paulistão, a Cria da Academia não foi o primeiro escolhido para ocupar a função. A oportunidade foi dada inicialmente para Jaílson, que não abraçou e, aí sim, ‘caiu no colo’ de Gabriel alguns jogos antes da Supercopa do Brasil, contra o Flamengo, em Brasília. E foi contra os rubro-negros que Gabriel Menino mostrou, de vez, o seu amadurecimento técnico. Dois gols, sendo um deles que confirmou o título, na vitória por 4 a 3.
Porém, o camisa 25 ainda trazia consigo a desconfiança de uma nova ‘recaída’, principalmente ao tomar algumas decisões equivocadas, as vezes displicentes, no decorrer do Estadual.
A semana que antecedeu a partida decisiva do Paulistão foi a pior possível para o atleta. A atuação dele nos primeiros 90 minutos da final estadual foram os piores possíveis e levou muitos a se questionarem se o ‘Gabriel Maduro’ havia voltado a ser menino. No meio da semana, o jogador entrou na derrota palmeirense por 3 a 1 para o Bolívar, da Bolívia, pela primeira rodada da Libertadores e protagonizou uma cena bizarra ao se enrolar com a bola.
Porém, Gabriel Menino tem se tornado cada vez mais decisivo e mostrou isso no segundo jogo da final do Paulistão. Com menos de 30 minutos, dois gols, que abriram o caminho para a goleada por 4 a 0 e o bicampeonato consecutivo e 25º no total. Uma atuação digna de um atleta que definitivamente vem escrevendo o seu nome na história palestrina. Ele é o terceiro atleta com mais gols em decisões pelo clube alviverde empatado com Arce. Foram cinco gols em finais. Além dos dois nesta Paulistão e na Supercopa, ele também anotou um na final da Copa do Brasil de 2020, disputada no início de 2021, contra o Grêmio. Atrás do volante, somente Raphael Veiga, com 11, e o lendário artilheiro Evair, com seis.
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