ANÁLISE: Com López, Palmeiras parece ter achado finalizador, mas precisa ‘matar’ os jogos
Atacante argentino, titular pelo segundo jogo, mostrou ser goleador e marcou gol de quem sabe o que faz na frente do goleiro. Time, porém, precisa aprender a definir logo o placar
O Palmeiras conquistou mais uma importante vitória fora de casa ao bater o Ceará por 2 a 1, no último sábado. Com o resultado, a equipe se manteve com vantagem de quatro pontos na liderança do Brasileirão e ainda parece ter achado seu tão sonhado "matador". O problema, porém, é que o Verdão passou da hora de aprender a matar os jogos, caso contrário vai sofrer com acaso e arbitragem.
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Mesmo não estando em sua melhor fase na temporada, o Alviverde segue sendo um dos times mais consistentes e fortes do Brasileirão. Depois de começar mal o duelo com o Vozão, conseguiu melhorar ainda no primeiro tempo, aproximando suas peças de maior qualidade, e abriu 2 a 0 no placar. Gustavo Scarpa participou dos dois gols e foi o grande destaque da partida, mas não foi o único.
Quem encheu os olhos do torcedor palmeirense foi José Manuel López, que fez seu segundo jogo como titular pelo clube. Além de ajudar na marcação da saída de bola adversária, de não desistir dos lances e de se mostrar importante nas bolas aéreas ofensivas, ele pode ter colocado um ponto final em um anseio da torcida e da comissão técnica: a da busca por um centroavante "matador".
Na chance mais clara que teve nesses seus três duelos pelo Verdão, Flaco López não perdoou. Bem posicionado, o camisa 18 recebeu um lindo passe de Gustavo Scarpa, ficou cara a cara com João Ricardo e finalizou na saída do goleiro para marcar o seu primeiro gol com as cores palmeirenses. O lance empolgou os torcedores, que há muito tempo não via um atacante marcar com tamanha facilidade.
Talvez isso seja um alento para uma equipe que tem muita qualidade, é muito bem treinada, mas tem dado "sopa para o azar" de forma desnecessária. Apesar de ter aberto 2 a 0 no placar e praticamente garantir a vitória, o time passou a se dar ao luxo de desperdiçar oportunidades e lances de perigo, ficando suscetível às próprias oscilações, ao acaso e ao péssimo momento que vive a arbitragem.
Em lance ainda no primeiro tempo, quando o placar já estava 2 a 2, Gustavo Gómez empurrou Mendoza dentro da área, mas nem Anderson Daronco, nem o VAR consideram pênalti. A jogada pareceu ter sido faltosa, correndo o risco de ter a vantagem diminuída antes do intervalo. Depois, no segundo tempo, mais chances perdidas, contra-ataques não aproveitados... Tudo com um homem a mais.
Foi aí que em um ato que pareceu "lei da compensação", Anderson Daronco marcou um pênalti inexistente de Danilo em Vina, que colocou Mendoza na marca para cobrar e converter, diminuindo o placar para 2 a 1. Dali em diante o Palmeiras correu riscos, perdeu o controle do jogo e quase saiu do Castelão sem a importante vitória.
Antes do apito final, o Verdão retomou as rédeas da partida e administrou a vantagem. Apesar da arbitragem ter sido fator importante nisso tudo, não dá para confiar numa coisa que pode colocar tudo a perder. É preciso apostar nos fatores que pode controlar, como definir as chances que tem para "matar" o jogo. Com López, talvez essas chances não sejam tão desperdiçadas assim.