ANÁLISE: Como disse Abel, Palmeiras era o melhor de seu grupo e honrou tal superioridade
Verdão tinha clara e evidente superioridade em relação aos seus rivais da fase de grupos da Libertadores, mas fez por merecer seus recordes e chega forte no mata-mata do torneio
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Para a surpresa de zero pessoas, o Palmeiras goleou o Deportivo Táchira e completou a fase de grupos da Libertadores com uma campanha perfeita, com 100% de aproveitamento. A tendência era exatamente essa devido aos adversários de qualidade bastante inferior. No entanto, o time de Abel Ferreira honrou essa superioridade e fez história na competição continental.
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Com quatro goleadas e duas vitórias convincentes, o Verdão garantiu a melhor campanha de todos os tempos na fase de grupos da Liberta e ainda marcou o maior número de gols dessa etapa desde o início da disputa do torneio, em 1960. Foram 18 pontos conquistados, 25 tentos anotados, apenas três sofridos e um saldo de 22 gols. Um retrospecto para não deixar dúvidas sobre quem é o bicampeão.
E foi com esse status e respeito ao próprio patamar que atingiu que o Palmeiras não tomou conhecimento de Deportivo Táchira-VEN, Independiente Petrolero-BOL e Emelec-EQU. Diante de adversários desse calibre, não bastava apenas vencer e passar para as oitavas de final, era preciso ser contundente e honrar o trabalho no clube.
- Nós éramos claramente melhores, acredito que foi por isso, na minha opinião foi isso que aconteceu. Nós éramos muito melhores que os nossos adversários - disse Abel Ferreira em entrevista coletiva.
- É fruto e consequência de trabalho duro, de disciplina, de organização, de ambição, de muita gente que trabalha dentro do clube, que vocês não sabem, não veem, nós é que estamos lá é que sabemos. Nós vivemos de títulos, é consequência e nós temos objetivos muito claros, é para isso que trabalhamos diariamente, esses dados são consequência do que nós fazemos, em nenhum jogo disse "temos que bater esse recorde". A única coisa que eu peço a eles é que cada um que entre em campo dê o melhor de si - completou o treinador palmeirense.
De fato o Palmeiras era muito melhor que seus três adversários, mas também porque o Palmeiras é melhor do que praticamente todos os outros 31 clubes que disputaram a fase de grupos. O favoritismo seria claro em qualquer outro cenário. Na configuração que o sorteio ofereceu, acabou que Deportivo Táchira, Petrolero e Emelec eram realmente muito abaixo da média. Mas não há "culpa" alviverde aí.
A aniquilação do recorde de gols marcados na história da fase de grupos (25) é uma prova de que o deve foi feito com láureas, com o lastro de quem é o bicampeão da Libertadores e de quem vai entrar forte para buscar o tri. Se já havia um favoritismo, ele ficou ainda maior, mesmo com os adversários "fáceis". A forma com que o Palmeiras tratou os obstáculo mostrou que o patamar é alto.
Com vantagem para decidir os confrontos em casa até a semifinal do torneio, o Palmeiras entra forte no mata-mata e com os pés no chão, sempre levando em conta a seriedade com que tem tratado a competição nesses últimos anos e nessa fase de grupos. O segredo talvez esteja justamente aí, não é a sorte, não é a fraqueza do rival, é a forma que Abel, elenco e clube têm trabalhado esta fase histórica.
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