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ANÁLISE: Elenco, fôlego, descanso… Palmeiras tem amostra do que fará falta na temporada 2022

Verdão mostrou um bom futebol no primeiro tempo diante do Flamengo, mas visivelmente caiu de produção ao longo do jogo. Maratona tem minado as possibilidades alviverdes

Raphael Veiga - Flamengo x Palmeiras
Raphael Veiga é um dos jogadores do Verdão que não possui substituto (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

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O Palmeiras enfrentou o Flamengo na última quarta-feira e empatou em 0 a 0 diante de 70 mil torcedores no Maracanã. O duelo foi um teste contra o time que tem sido seu maior rival no futebol brasileiro nos últimos anos e dentro do que foi possível, o Verdão fez um bom jogo, mas também teve uma amostra do que deve faltar para se manter competitivo e em alto nível na temporada 2022.

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Com o time que hoje é considerado o titular, levando a campo força máxima, Abel Ferreira não armou um esquema apenas para defender e o primeiro tempo mostrou bem isso. Apesar de "esperar" mais o erro do adversário, o Alviverde conseguiu construir e competiu em ótimo nível durante a primeira etapa, que proporcionou um dos melhores embates deste ano até aqui. Não é exagero dizer que cada equipe poderia ir para intervalo com três gols feitos.

Veiga, Dudu e Danilo, por exemplo, tiveram grandes chances de marcar e foram alguns dos grandes personagens do primeiro tempo. No entanto, essa atuação não se repetiria na etapa final. Com a intensidade absurda da metade inicial e o Flamengo impulsionado por sua torcida, o Palmeiras acabou ficando acuado e sem muita saída, já que os jogadores passaram a dar sinais de cansaço.

Não é para menos, uma vez que no último sábado, fora de casa, o Verdão precisou correr muito para conseguir um empate com o Goiás e ainda vinha com resquícios de uma longa viagem para a Venezuela, que desgastou não só quem jogou, mas também quem foi poupado. Sem contar que foi o elenco que mais cedo voltou a trabalhar no ano e antecipou a preparação para encarar um Mundial de Clubes do outro lado do mundo. Foram três finais em dois meses.

Abel Ferreira já vem falando isso há algum tempo, sobre não saber como seus jogadores chegarão no fim do nesse nível de intensidade exigido em meio a tantas decisões e competições importantes. Contra o Flamengo isso ficou claro. O desgaste bateu, não havia forças para tentar algo mais, o esforço foi colocado no primeiro tempo, quando as chances não foram aproveitadas.

E não daria para mexer no time? Daria, mas a reposição não é do mesmo nível. Como tirar Dudu e Raphael Veiga? Como tirar Gustavo Gómez? Como tirar Danilo? Não há substitutos que possam manter essa excelência e nem chegar perto disso. O próprio Abel admite que o elenco é "curto", apesar de não falar da qualidade. Mas é fato que a falta de opções potencializa o cansaço. Mais uma vez: isso ficou bem nítido contra o Flamengo. Faltou gás e faltou opção.

Para se manter no topo, brigando por todas as competições que disputa, o Palmeiras terá de buscar fôlego sabe-se lá onde. Em abril, com cerca de três meses de temporada, a equipe de Abel Ferreira dá sinais de desgaste físico, enquanto precisa se dividir (ou multiplicar) entre Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão, em que será necessário fazer uma campanha de recuperação por conta do início ruim. Não haverá tempo para descanso, somente para jogar.

Ah! E só faltou dizer que tem um "joguinho" no sábado, um tal de Dérbi contra o Corinthians, pelo Brasileirão, em Barueri. Resumindo, não dá para respirar.

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