ANÁLISE: Palmeiras precisa de um volante, um elenco mais forte e do Abel Ferreira
Mesmo tendo vencido o Cuiabá por 2 a 1, o Verdão complicou uma partida que se desenhava tranquila
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Foi assustador como o Palmeiras complicou uma partida que se desenhava fácil quando perdeu o técnico Abel Ferreira na tarde do último sábado (15), contra o Cuiabá, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Já vimos o Verdão ir bem sem Abel no banco de reservas algumas vezes. Mas não podemos descartar que o elenco palmeirense para essa temporada está enfraquecido.
Peças importantes saíram e não foram repostas. E as que foram, tiveram os seus reforços contratados mais tarde e estão em período de adaptação, que é o caso do atacante Artur. Assim, o plantel do Verdão nunca esteve tão rejuvenescido nas mãos do técnico português como agora. E, naturalmente, os atletas mais novos precisam de um ponto de referência no banco: o treinador.
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É impossível, também, falar da expulsão de Abel Ferreira e não entrar no mérito dela. O lance em que o português recebe o cartão vermelho é tão confuso quanto a arbitragem do mineiro Paulo César Zanovelli, no Allianz Parque, que, além de colocar para fora o comandante palmeirense, por muitas vezes enervou os jogadores do Verdão, ignorando faltas e invertendo marcações, principalmente no primeiro tempo.
Porém, uma das marcas do "Palmeiras de Abel" não pôde ser vista no jogo contra o Cuiabá: os atletas até tiveram o coração quente para vencer a partida, por 2 a 1, mas estiveram longe de possuir a cabeça fria. E isso não diz somente sobre perder as estribeiras e partir para a violência, mas, também, se perder nos próprios erros e potencializar as próprias deficiências. E aí que vem a necessidade de um volante e um elenco mais qualificado.
SOS VOLANTE
Em relação à primeira questão: Gabriel Menino na vaga deixada por Danilo, negociado com o Nottingham Forest, da Inglaterra, em janeiro foi uma alternativa que deu certo do meio para frente, mas no setor onde a lacuna ficou aberta a solução ainda precisa ser encontrada. Zé Rafael tapou o buraco do primeiro volante, mas, como não é do setor, é como se fosse uma esponja que retém por algum tempo, mas em alguns momentos solta o que está guardado.
No lance do gol do Cuiabá, marcado por Raniele no último minuto do primeiro tempo, a parte defensiva palmeirense estava completamente desorganizada. Marcos Rocha estava no meio da área, mas deveria estar no espaço onde o volante do Dourado infiltrou com total liberdade. Mas isso só aconteceu porque não tinha um volante acompanhando. E isso não foi um "acidente de percurso": o Palmeiras tem cedido muitos lances assim, o que pode custar caro em um mata-mata ou em uma daquelas partidas importantes nos pontos corridos.
SOS ELENCO
Quanto ao elenco, a história é a mesma. Olha para o banco de reservas. Você não vê jogador capaz de mudar a partida. Richard Ríos é uma exceção, porque tem entrado bem e mostrado potencial. Todavia, ele é um volante. Segundo homem de meio-campo, com habilidade com a bola, mas, ainda assim, um volante. Então: "torcedores, calma", já diria o letreiro de São Januário.
E com uma quantidade relativa de atletas no departamento médio ou transição física, na qual o Palmeiras não está acostumado, a necessidade de reforçar o elenco parece gritar ainda mais. Sete jogadores desfalcaram o Verdão contra o Cuiabá por conta dessas questões: Vinicius Silvestre, Mayke, Piquerez, Atuesta, Raphael Veiga, Bruno Tabata e Rony.
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