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ANÁLISE: Palmeiras foi derrotado por um conjunto de fatores, mas ficou claro que algumas peças não funcionaram

Verdão enfrentou o cansaço, o calor e o gramado em Fortaleza, mas time não teve boa atuação

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Rafael Navarro entrou no segundo tempo, mas não correspondeu no Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

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O Palmeiras volta de Fortaleza com a classificação para as quartas de final da Copa do Brasil, mesmo com a derrota por 1 a 0 para os donos da casa. No entanto, a atuação da equipe alviverde foi muito abaixo do que se esperava, ainda que não houvesse a necessidade de buscar um determinado resultado. Muitos fatores contribuíram para isso, incluindo o cansaço, o calor e até mesmo o gramado, mas a verdade é que algumas peças escolhidas por Abel Ferreira não funcionaram e ficou difícil conseguir algo a mais do que foi apresentado.

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Para começar, é preciso observar os números do Footstats, que apontaram apenas três finalizações do Verdão durante todo o jogo. 100% delas foram para fora, ou seja, não acertaram o alvo. É preciso entender que a equipe não precisava fazer gols, bastava um empate ou uma derrota por até dois gols de diferença, que a classificação estaria garantida. Assim, adotou uma postura mais de esperar o adversário.

No entanto, alguns fatores começaram a pesar, como o cansaço de um time titular que vem jogando partida atrás de partida a cada dois ou três dias. Uma hora o desgaste fala mais alto e na última quarta-feira (31) ele falou. O calor na cidade de Fortaleza se aliou ao cansaço e o atletas palmeirenses sentiram bastante o clima durante o duelo. Para completar, o gramado do Castelão não está em suas plenas condições e impediu um jogo mais leve para os dois times. Esse combo foi determinante para o desempenho dos comandados de Abel.

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Isso posto, precisamos abordar o que vai além desses fatores fisiológicos e partir para o fator técnico. Sem Artur, que não pode disputar a Copa do Brasil, Abel Ferreira optou por Bruno Tabata, que já havia sido o substituto do atacante na partida de ida. Não precisa ser um grande analista de futebol para perceber que o meia não foi nada bem no Castelão. Pouco acertou no ataque, pouco contribuiu na defesa e jogou os 90 minutos. Era o típico dia que dali não sairia nada, e de fato não saiu. Está aí uma peça que não funcionou e mostrou que a escolha do treinador não foi boa.

A escolha por Richard Ríos no lugar de Gabriel Menino não teve grande influência como individualidade, porque o colombiano não fez uma partida ruim, mas no conceito tático houve impacto, com Zé Rafael ficando um pouco mais preso, sem conseguir participar muito das saídas de bola, que acabaram sendo bem marcadas pelo Fortaleza. Talvez para este jogo, em que Vojvoda povoou seu meio-campo ofensivo, a escolha não tenha sido das melhores, pois acabou desfazendo um setor que funciona na base do entrosamento, que foi quebrado.

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Outra peça que não deu o resultado esperado foi Rafael Navarro, que entrou no intervalo no lugar de Rony, desgastado. O centroavante brigou muito, buscou o jogo, mas com a bola nos pés acabou indo muito mal, inclusive "roubando" um gol de Veiga quando estava em posição de impedimento. Ele ainda acabou saindo lesionado para dar lugar a Flaco López, que com pouco tempo em campo se mostrou uma opção que poderia ter sido melhor. Vale lembrar que Endrick não foi nem relacionado para o banco de reservas, algo que se pode questionar também.

Há quem inclua Breno Lopes nessa conta, mas sua entrada oferece um fator diferente, que é a força na recomposição e não apenas o ataque. É verdade que ele ficou devendo tomando decisões erradas, mas do ponto de vista de Abel Ferreira, ele funcionou taticamente. Assim como funcionou Naves, que entrou como terceiro zagueiro e "fechou" o setor depois do 1 a 0 do Fortaleza, que vinha crescendo no jogo.

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Algumas das peças citadas acima já não vinham funcionando antes e novamente não funcionaram. Embora Abel, por vezes, insista em utilizá-las, é isso que ele pode fazer com o que lhe é oferecido. Em algumas situações, talvez ele pense em não usar os garotos da base para não enchê-los com uma responsabilidade que os "cobrões" do elenco estão ali para abraçar. Dificilmente o português desiste de jogadores, mas o jogo do Castelão talvez possa fazê-lo repensar com quem ele pode contar para determinadas ocasiões.

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