ANÁLISE: Palmeiras sofreu um tempo, mas fez o que era esperado para o atual bicampeão da Liberta
Verdão virou a primeira etapa empatando em 1 a 1 com o Independiente Petrolero-BOL, mas melhorou na segunda e massacrou o adversário com um impositivo 8 a 1
O Palmeiras registrou uma das maiores goleadas de sua história, na última terça-feira, pela Libertadores, no Allianz Parque, ao bater o Independiente Petrolero-BOL, por 8 a 1. No entanto, quando o primeiro tempo terminou, a impressão não foi das melhores, já que o time teve uma apresentação bem abaixo da crítica. O importante é que houve a recuperação depois do intervalo e o Verdão fez o que se esperava do atual bicampeão diante de um frágil rival.
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Quem viu o primeiro tempo do Alviverde certamente não gostou da apresentação da equipe, que sofreu um gol logo aos cinco minutos em uma falha no setor esquerdo da defesa. Se já estava complicado entrar na área do adversário, piorou depois que ele ficou em vantagem. Para completar, o Palmeiras tinha a bola, mas tinha muita dificuldade para criar perigo.
Aliás, perigo até criava, mas na base da transpiração. O problema é que, como de costume, o time seguiu errando nas finalizações. Navarro, Wesley e afins desperdiçaram oportunidades de virar o placar antes mesmo do intervalo, tamanha a fragilidade dos bolivianos e do volume de jogo imposto pelos palmeirenses, mesmo jogando mal. Foram muitos equívocos nas tomadas de decisão e pouca inspiração no meio, abusando das bolas longas e laterais.
No fim do primeiro tempo, no entanto, um bonito gol de Zé Rafael, pegando de fora da área, recolocou o Verdão na partida, tranquilizando a torcida e os próprios jogadores, que viram um espaço na zaga depois do empate. O Petrolero sentiu o tento e passou a vacilar defensivamente, mas os donos da casa não conseguiram converter o bom momento em outros gols.
Para o segundo tempo a missão era, no mínimo, virar o placar, mas diante da imensa diferença entre os times, o que se esperava era uma goleada palmeirense, pois estamos falando do bicampeão consecutivo da América, talvez o mais temido do continente neste momento. Pois é, e a equipe de Abel Ferreira fez valer essa alcunha logo de cara, com Rafael Navarro, de cabeça.
O 2 a 1 aumentava o alívio do time e da torcida, mas ambos queriam mais e isso aconteceu. Os gols passaram a sair em profusão e quem tirou os olhos do campo em algum momento certamente perdeu algum deles. Navarro, por exemplo, fez mais três e ainda deu assistência para Rony, que entrou na segunda etapa. Assim como Raphael Veiga, que teve tempo de marcar dois golaços para fechar o placar no Allianz Parque. Foram as cerejas do bolo.
A impressão que ficou foi de que o Palmeiras "sentiu" que fez um primeiro tempo muito abaixo do esperado e sabia que tinha condições de fazer muito mais do que aquilo, não apenas no desempenho, mas também no número de gols. O espírito de confiança e de querer mais precisa ser levado como lição para todos os outros compromissos. O bicampeão da América não para de marcar seus tentos e fez o que se esperava quando o adversário é tão frágil.