Análise: A quem interessa queimar Gabriel Silva, do Palmeiras?
Apesar dos gols perdidos, atacante de 18 anos demonstra boa movimentação e potencial<br>
Ainda sem balançar as redes no profissional, Gabriel Silva vem ganhando seguidas chances com Abel Ferreira. A jovem promessa vem dividindo a torcida entre os que já cravam que ele não presta e os que o defendem. Decidimos comparar alguns de seus gols na base com as oportunidades perdidas no time principal para entender qual vem sendo a dificuldade do atacante.
É importante lembrarmos que o passe, bem como uma mensagem, necessita de um emissor e um receptor. Gabriel Silva é excelente ao se colocar para receber os passes em vantagem para a defesa. Além disso, resolve as jogadas em no máximo dois toques para a marcação não chegar.
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Na realidade, Gabriel Silva é um especialista em “fugir” da defesa adversária. O que ele faz de melhor é identificar o espaço e se posicionar lá, onde não há nenhum oponente. Essa característica é o que permite ele se destacar como centroavante, mesmo medindo 1,77m.
As imagens abaixo são frames de gols perdidos por Gabriel Silva no profissional e nos ajudam a entender melhor sua movimentação. Chances criadas por competência do time e por seu excelente posicionamento. Sabemos que o principal é colocar a bola no “barbante”, porém, entender o atleta nos permite conhecer seu potencial e não o descartar.
Claro que um print não explica um jogo que se realiza em movimento, mas buscamos aqui ilustrar como o bom posicionamento e a noção de espaço do atacante são importantes para que ele tenha chances de gol. No fim das contas, Gabriel Silva quer estar onde o zagueiro não está. Se ele identifica um espaço à frente do oponente, corre para lá. Se o espaço está ao lado, é lá que ele fica. Se a defesa afunilou em um lance de linha de fundo, ele recua e espera o cruzamento para trás.
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Agora, retiramos alguns prints de gols feitos por Silva nas categorias de base. O princípio é o mesmo: ele se desmarca, recebe o passe, finaliza de primeira ou com dois toques, no máximo. A diferença é a precisão. Talvez, com tempo e amadurecimento, ele volte a ter a tranquilidade para colocar a bola lá dentro.
Em 2019, Gabriel Silva marcou 40 gols em 46 partidas. O jovem foi à rede em todas as finais que jogou no sub-17 e no sub-20. Além da movimentação, ele demonstrou excelente capacidade de finalização, arrematando de diversas maneiras.
Ainda muito novo, com 18 anos e 180 minutos como profissional, não necessariamente será um goleador logo de cara na equipe de cima. Basta amadurecer. E o principal: não há problemas em apontar erros, defeitos ou em não gostar do atleta. Contudo, devemos tomar cuidado com o tom das críticas para não o pressionar além da conta e atrapalhar seu desenvolvimento.
Por: Análise Verdão