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22 anos, diferentes gerações e dois campeões: Verdão-16 x Verdão-94

Maioria dos novos campeões brasileiros era criança na conquista anterior do Palmeiras. Gabriel Jesus não tinha nascido, Cuca era jogador... L! confronta presente e passado

Verdão-94 x Verdão-16: veja onde estavam os campeões há 22 anos
imagem camera(Foto: Agencia Estado - AE/FotoArena)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 17/11/2016
18:09
Atualizado em 27/11/2016
19:18

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Gabriel Jesus, artilheiro do Palmeiras campeão brasileiro em 2016, nem tinha nascido no título anterior do Brasileirão conquistado pelo Verdão, em 1994. Gabriel nasceu em 3 de abril de 1997, quase dois anos e meio depois de a máquina alviverde de Vanderlei Luxemburgo erguer a taça. Palmeirenses nascidos em 1994, hoje com 22 anos, só sabiam o que era ser campeão da principal competição do país por vídeos e relatos dos mais velhos. Quem viu as conquistas dos anos 90 e a atual lembrará para sempre das diferentes gerações que fazem parte da galeria do maior campeão nacional da história.

Zé Roberto, o mais velho do elenco campeão palmeirense, com 42 anos, profissionalizou-se na Portuguesa justamente em 1994. São 22 anos de carreira do veterano, exatamente o tempo que o torcedor alviverde esperou para soltar o grito outra vez. Fernando Prass, 38 anos, ainda atuava em categorias de base, assim como Jailson, o titular do gol palmeirense no segundo turno.

Dudu tinha dois anos em 1994, Róger Guedes não tinha nascido. A maioria dos titulares de hoje era criança. Cuca ainda era jogador profissional (defendeu a Lusa e o Remo há 22 anos)... Todos os campeões de 1994 estão aposentados, na história palmeirense, ao lado agora dos novos campeões. Relembre o time-base de 1994, compare com o de 2016 e vote num duelo especial: Verdão-94 x Verdão-16. Duas gerações campeãs. No campo e nas arquibancadas.

PALMEIRAS CAMPEÃO BRASILEIRO-1994
(técnico: Vanderlei Luxemburgo)

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PALMEIRAS CAMPEÃO BRASILEIRO-2016
(técnico: Cuca)


Há 22 anos, a fórmula de disputa do Brasileirão era diferente. Na primeira fase, quatro grupos com seis clubes cada foram formados. Os quatro primeiros avançavam e o Palmeiras foi líder numa chave com Fluminense, Paraná, Inter, União São João e Náutico. Foram nove vitórias e um empate. Na segunda fase, foram formados dois grupos de oito clubes. O Verdão ficou em primeiro contra Sport, São Paulo, Bahia, Santos, Botafogo, Flamengo e Paraná. Depois, sobraram oito times para a fase de mata-mata, jogos de ida e volta.


O Palmeiras despachou Bahia, nas quartas, e Guarani, na semi, antes de fazer a final contra o Corinthians: vitória por 3 a 1 e empate em 1 a 1, com a finalíssima disputada em 18 de dezembro de 1994, no Pacaembu. Bem diferente dos pontos corridos que consagrou o novo Palmeiras campeão. Fazia tempo, palmeirense... Reveja as escalações e compare com o time atual:

COM A PALAVRA - THIAGO SALATA, editor do LANCE!
"Tenho 34 anos. O time campeão brasileiro de 1994 é o melhor Palmeiras que vi jogar e dificilmente existirá outro naquele nível. O único jogador "normal" no time-base era o lateral-direito Cláudio. Todos os demais eram acima da média. Antônio Carlos, Roberto Carlos, Mazinho, César Sampaio, Rivaldo, Edmundo e Evair eram craques. Craques! Velloso, Cléber e Zinho, ótimos e vencedores. O Verdão-1994 era mais time, inclusive, do que o de 1996, que encantou o Brasil com 102 gols no Paulistão. Vanderlei Luxemburgo, aquele dos anos 90 e início dos 2000, é um dos maiores treinadores da história. O futebol mudou muito. Alguns campeões brasileiros nos últimos 22 anos tiveram aquele alto nível, casos do Vasco-97, Corinthians 98/99, Cruzeiro-03, e só. O Palmeiras, que viveu antes de 1993 jejum de 20 anos sem Brasileirão, passou agora 22, algo inadmissível para o clube que mais taças nacionais ergueu na história. O Verdão-2016 teve momentos de ótimo futebol, outros de pragmatismo, enorme eficiência e grande preparo mental. Os jogadores sentiram o que a torcida sentiu: 22 anos sem Brasileirão era tempo demais para o Palmeiras. Acabou. Um novo time alviverde está na história. Nunca mais será como 1994, mas quem não tinha nascido e só viveu 2016 também não se esquecerá deste ano".

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