Após arbitragem, setor Central Leste do Allianz será reservado à WTorre
Decisão foi revelada pelo novo regulamento do Avanti. No fim de 2016, corte definiu que a construtora teria direto a '10 mil cadeiras especiais' e o setor entrará nesta fatia
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Em 2017, o setor Central Leste, um dos mais nobres do Allianz Parque, ficará reservado para a WTorre. Com a divisão das cadeiras definida pela arbitragem em 2016, a construtora tem direito a comercializar 10 mil assentos especiais, e este setor é um dos que entrará nesta fatia. O novo regulamento do Avanti já comunica a mudança.
"As 10.000 (dez mil) cadeiras especiais designadas para comercialização pela parceira Real Arenas (braço da construtora que gere o estádio) que não forem por ela efetivadas, não mais poderão ter seus ingressos vendidos pelo programa Avanti. Está incluído nesse comando todo o setor Central Leste do estádio Allianz Parque", explica o regulamento.
Não há detalhes de como o setor será comercializado, mas é possível que a WTorre faça lá o seu passaporte, que garante um lugar fixo para toda a temporada. Segundo o documento divulgado pelo Verdão, a parceira terá cadeiras em todos os setores inferiores da arena (100% da Central Leste, além de partes no Gol Norte, Gol Sul e Central Oeste). Somando todas estas áreas, chega-se aos 10 mil assentos.
Mesmo que a WTorre não consiga vender todos os seus lugares estes não poderão ser repassados ao programa de sócio-torcedor do Palmeiras. Os bilhetes excedentes iriam para a bilheteria do Allianz Parque e a comercialização pelo site da Futebol Card, portanto.
"Para os jogos oficiais do time profissional do Palmeiras, de acordo com os calendários oficiais (FPF, CBF, Conmebol, FIFA), a venda de tais cadeiras somente ocorrerá pela parceira Real Arenas, ou, caso estejam disponíveis, pelo Palmeiras diretamente na bilheteria (física ou virtual), sem a incidência dos benefícios do Programa Avanti, tais como rating e descontos, independente do plano", acrescenta o clube, em nota oficial.
Por imposição da corte arbitral, exceto as 10 mil cadeiras da WTorre, todos os outros assentos ficam sob poder do Palmeiras, que temia ver o seu projeto de sócio-torcedor ser enfraquecido caso a construtora tivesse o direito de negociá-las, como pleiteava antes do processo.
Ainda assim, a venda de cadeiras não interfere na renda dos jogos, que fica toda com o Palmeiras. Quem compra uma cadeira da construtora pode usá-la em todas as partidas do ano, mas precisa pagar ingresso - o repasse é feito da construtora ao clube. A diferença é que em suas cadeiras, a WTorre paga um valor mais baixo, tomando como base uma parte do ticket médio, conforme previsto em contrato. A renda dos jogos segue sendo 100% do Verdão. Os assentos que voltarem ao Palmeiras serão vendidos pelo valor definido pelo clube naquele setor.
No ano passado, a WTorre já tinha suas 10 mil cadeiras, mas não havia uma área toda reservada à parceira. Em 2016, quando a construtora não vendia todos os seus assentos, comunicava ao clube antes da pré-venda do Avanti, e a quantia entrava na carga do Verdão. Os prazos devem ser mantidos, mas o procedimento agora não envolverá sócios-torcedores.
Parceiros por 30 anos, Palmeiras e WTorre ainda vivem outra disputa na corte arbitral, esta envolvendo a setorização dos valores de ingressos para o Avanti, além de dívidas que as partes contestam. Não há prazo para que a Justiça dê um parecer sobre o caso.
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