O Palmeiras acertou a venda do atacante Róger Guedes ao Shandong Luneng, da China. O jogador de 21 anos estava emprestado ao Atlético-MG até o fim do ano e rescindiu seu contrato na tarde desta quinta. Essa negociação não interfere no contrato de Marcos Rocha, que foi emprestado ao Palmeiras na negociação que envolvia a ida de Guedes para Belo Horizonte.
Em nota oficial, o Galo explicou que tinha direito a 5% do valor total da venda, mas que ficará com 27% após uma "dura negociação". O clube mineiro informou que o percentual corresponde a 2,5 milhões de euros, o que significa que o valor total da venda foi 9,5 milhões de euros (R$ 43 milhões).
O Palmeiras era dono de 25% dos direitos econômicos do jogador, e o Criciúma, dos outros 75%. Os clubes se acertaram e também fizeram um rearranjo na quantia: o Verdão ficará com cerca de 45% do valor (4,3 milhões de euros ou R$ 19,4 milhões); e o Criciúma com 28% (2,7 milhões de euros ou R$ 12,2 milhões).
Antes de acertar com Róger Guedes, o Shandong Luneng vinha tentando convencer o Palmeiras a vender Dudu. Os chineses seduziram o jogador com valores altos de luvas e salários, mas esbarraram na postura irredutível da diretoria, que não abre mão de mantê-lo pelo menos até o fim do ano.
Agora, com a confirmação da ida de Guedes, é praticamente certo que Dudu permanecerá no Palmeiras, até porque a janela chinesa fecha nesta sexta-feira.
Parte do valor arrecadado pelo Verdão na venda de Róger Guedes será usada para ressarcir o ex-presidente Paulo Nobre, que pagou R$ 2,5 milhões ao Criciúma para comprar 25% dos direitos em 2016. Nobre tem direito a receber este valor com uma pequena correção.
Por contrato, o Palmeiras tinha a possibilidade de pagar mais R$ 5 milhões e adquirir outros 25% dos direitos no fim de 2016, mas preferiu não fazê-lo. O jogador foi campeão brasileiro naquela temporada, mas caiu de produção e teve problemas de ambiente em 2017. Por isso, acabou emprestado. No Galo, Guedes fez 28 jogos e 13 gols. É o artilheiro do Brasileirão com nove gols.