Auxiliar de Abel Ferreira critica gramado do Maracanã e lamenta gasto de ‘energia extra’ do Palmeiras

Pela terceira vez nos últimos quatro jogos, o Palmeiras precisou correr atrás do resultado. Embora isso mostre uma virtude do time, acaba desgastando o elenco em meio a uma maratona de partidas. O empate em 2 a 2 com o Vasco, neste domingo, foi comemorado pela comissão técnica, mas ficou uma ponta de lamentação pela "energia extra" que foi gasta para conquistar esse ponto. Além disso, houve reclamação em relação à qualidade do gramado do estádio do Maracanã.

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Em entrevista coletiva após o duelo desta tarde, o auxiliar técnico de Abel Ferreira, João Martins, analisou a vantagem inicial do Vasco como mais mérito do adversário do que demérito palmeirense e valorizou o gol marcado ainda no primeiro tempo para poder buscar o empate no segundo. Algo que potencializou a força mental da equipe, mas exigiu um desgaste a mais que ainda será sentido.

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- É diário esse trabalho de força mental para que eles façam o melhor até o momento de o árbitro apitar, infelizmente tivemos novamente de correr atrás do resultado, sabemos que gastamos uma energia extra para isso. Sai um pouquinho mais caro e pagaremos mais à frente. Por exemplo, sabemos que se tivéssemos controlado o jogo de quinta-feira, poderíamos ter poupado energia para hoje, não aconteceu hoje também e temos que estar preparados para quarta-feira, porque vai ter que ser no sacrifício, na entrega, mas os jogadores estão preparados para isso.

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O que também pode ter contribuído para esse desgaste foi o gramado do Maracanã. Apesar de ter elogiado o jogo e atmosfera do estádio, João Martins lamentou o estado do campo, o qual ele diz nem ter sido molhado antes de a bola rolar. O auxiliar de Abel pediu uma padronização no Brasil.

- Foi um excelente jogo, uma excelente atmosfera, pena o estado do gramado, às vezes é muito difícil dar um espetáculo melhor, mas os jogadores das duas equipes tentaram. É muito complicado ter um extra de qualidade, é muito difícil - declarou João antes de completar:

- Não só atrapalha, como atrapalha muito. Só quem está nisso todos os dias é que sabe que o gramado é essencial, é impossível ter qualidade de jogo sem um gramado em condições, tem que haver regras, não vou me meter nesse assunto, não é da minha competência. Nossa competência é exigir que pelo menos a água colocassem no campo, nem isso fizeram, porque sem a bola andar, é impossível jogar um jogo de futebol. Nós viemos de um lugar em que isso não acontece há 20 anos, onde o gramado é um pormenor essencial para o espetáculo e nós trabalhamos para dar um espetáculo. O futebol é um espetáculo, para ter um espetáculo é preciso ter bons intervenientes, boas condições para isso. Maracanã tem tudo, uma torcida fantástica, um estádio dos melhores do mundo, mas infelizmente o importante, que é onde se joga, o gramado é muito fraco.

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Depois dessa sequência de desgastes, o Palmeiras agora foca suas atenções na Copa do Brasil, em jogo que acontece na próxima quarta-feira, contra o Tombense, às 20h, em Uberlândia. Depois de vencer a partida de ida, no Allianz Parque, por 4 a 2, o Verdão pode até empatar ou perder por até um gol de diferença, que conquistará a vaga para as oitavas de final da competição.