Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras, esteve nesta quinta-feira na sede da CBF e se reuniu com Leonardo Gaciba, chefe de arbitragem da entidade. Durante o encontro, noticiado pelo "Globo Esporte", o ex-árbitro admitiu o erro no reinício do jogo contra o Internacional, após o Verdão ter o gol de Bruno Henrique anulado no Beira-Rio.
De acordo com orientação da International Football em março, qualquer toque na mão, voluntário ou não, deve anular jogadas de ataque. No empate com o Colorado, Willian sofreu uma carga do zagueiro Klaus, e na queda acabou tocando a bola com o braço. Lucas Lima ficou com a sobra e fez o passe para o que seria o gol da virada alviverde, mas anulado depois da análise do VAR.
A falha do árbitro catarinense Bráulio da Silva Machado foi não recomeçar o jogo com a falta para o Palmeiras na entrada da área. Ao anular o gol pelo toque com o braço, o juiz e a equipe do vídeo deram a reposição para o Internacional, mesmo que a jogada tivesse ocorrido pela infração em cima do atacante palmeirense.
Durante a reunião, Galiotte pediu para ouvir a conversa entre Bráulio e o VAR, além de ter discutido a evolução do uso da ferramenta e os critérios adotados. No domingo, o dirigente chegou a dizer que o árbitro de vídeo "não tem atuado" em jogos do Flamengo, líder do Brasileirão.
Gaciba, por sua vez, argumentou sobre as especificidades da jogada reclamada, tanto que a CBF enviou o vídeo para a Fifa analisá-lo.
Ainda que tenha reclamado constantemente de possíveis erros de arbitragem, o Palmeiras foi um dos maiores defensores da implementação do VAR no Brasil, depois de toda a polêmica no Campeonato Paulista de 2018.