Delegado explica acusações de racismo após a eliminação do Palmeiras para o Boca na Libertadores
Jornalista argentino foi liberado por falta de provas, enquanto possível diretor da equipe xeneize nem foi identificado
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As imagens dos supostos casos de racismo cometidos por um jornalista argentino e um possível membro da diretoria do Boca Juniors no Allianz Parque, na noite desta quinta-feira (5), não foram consideradas conclusivas pela Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte (Drade). A situação ocorreu pouco após o fim da partida em que o Boca Juniors eliminou o Palmeiras, fora de casa, pela semifinal da Conmebol Libertadores.
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O inquérito foi instaurado, mas Christian Infanzón, profissional de imprensa e único acusado a ser levado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), foi liberado em sequência. O possível diretor do clube argentino não foi identificado.
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De acordo com o delegado César Saad, titular da Drade, nada impede que os acusados sejam autuados, caso novas imagens sejam repassadas às autoridades nos próximos dias. Se isso ocorrer, eles responderão pela Justiça brasileira e podem até mesmo receberem voz de prisão em uma volta ao Brasil. No dia 4 de novembro, o Boca regressa ao país para disputar a final da Libertadores contra o Fluminense, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
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– Até o momento, nós estamos registrando os Boletins de Ocorrência para investigação. Estive agora na sala de controle operacional aqui no Allianz, temos as imagens gravadas. Imagens inconclusivas. Impossível atribuir a autoria dos dois fatos, tanto do possível dirigente, tanto do jornalista. Nada impede da gente ter imagens amanhã ou de torcedores que filmaram, até porque gerou um certo tumulto até a Polícia Militar chegar – disse Saad.
– Esses torcedores, caso estejam na Argentina, serão indiciados no Brasil, essa ocorrência é comunicada para a Argentina, o consulado está acompanhando aqui. Jornalista argentino está prestando depoimento. Vão responder pelas leis brasileiras, mas a polícia argentina não deixa de ser comunicada do fato. Caso regresse aqui, até porque há cerca de um mês o Boca Juniors vai disputar a final, no Rio de Janeiro, podem até ter a prisão decretada se efetivamente algum vídeo demonstrar o gesto racista – acrescentou o delegado.
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Crhistian Infanzón é acusado de ter arremessado uma banana na tribuna de imprensa do Allianz Parque e também ter feito gestos de macaco. Sebastián Infanzón, que é irmão e companheiro de trabalho de Crhistian, negou o ocorrido.
– Começaram a atirar coisas e apontaram para a gente, veio a polícia. Estava apenas com o microfone na mão e ao vivo – diz Sebastián.
Já no caso do suposto diretor do Boca Juniors, a denúncia foi feita por Rodrigo Aparecido, 36, que estava no setor sul do estádio palmeirense e relata que a situação ocorreu pouco após o fim do jogo, quando alguns integrantes do estafe da equipe argentina foram deixavam o local onde a partida foi disputada. As imagens do Allianz Parque, no entanto, não identificaram o acusado nem o momento em questão com clareza.
– Eu estava no gol sul e logo quando terminaram e estavam saindo da comemoração esse cara da diretoria do Boca fez o gesto de macaco para mim e eu perdi o controle. Saí correndo atrás, mas como ele já percebeu que tinha a situação controlada ele desbaratinou no meio de todo mundo e ninguém conseguiu visualizar ele depois. Ele virou bem onde a gente estava e fez o gesto de macaco. Ele estava totalmente de social, camisa cinza, careca, pessoa de alto peso e membro da diretoria do Boca – disse
Em campo, o Boca se classificou à final da Conmebol Libertadores batendo o Palmeiras nos pênaltis após empate em 1 a 1 no tempo normal.
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