Derrota em amistoso mostra que foco o tempo todo é maior força do Verdão
Enquanto esteve disposto a ditar a partida, Palmeiras deu indícios de que poderia golear o Guarani, mas acabou sofrendo dois gols e perdendo no maior teste antes dos jogos oficiais
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A derrota por 2 a 1 para o Guarani, de virada, em amistoso nessa quarta-feira, em Campinas, interrompeu uma sequência de dez vitórias que o Palmeiras não tinha desde 2008. E esse deve ser o único abalo do resultado para o trabalho de Luiz Felipe Scolari. Mas fica a lição: o time alcançou as melhores campanhas do Campeonato Brasileiro e da Libertadores e as quartas de final da Copa do Brasil por não se deixar perder o foco em momento nenhum.
Felipão não deu entrevista coletiva depois do amistoso porque esperava falar antes do técnico do Guarani, já que tinha uma viagem de volta a São Paulo. Como a ideia não se concretizou, saiu do estádio Brinco de Ouro da Princesa sem atender os jornalistas. Mas sempre que segue o padrão e fala com a imprensa, diretamente com seus torcedores, destaca a importância de todo e qualquer adversário. Parece clichê, mas explica o Verdão de 2019.
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Não é justo dizer que o Palmeiras encarou a partida o tempo todo de qualquer forma. O líder do Campeonato Brasileiro, com cinco pontos de vantagem, iniciou o amistoso com a base que deve enfrentar o Inter pela Copa do Brasil, na próxima quarta-feira - só deve entrar Gustavo Gómez, recém-retornado da Copa América, na vaga de Edu Dracena -, e ditou o jogo como quis nos primeiros dez minutos diante do penúltimo colocado da Série B.
A goleada parecia certa, ainda mais com Edu Dracena balançando as redes aos nove minutos. O Palmeiras já quase tinha feito um gol inesperado, em lançamento de Weverton que assustou. Esteve perto de balançar as redes depois com Edu Dracena e em passe de Dudu que encontraria Bruno Henrique livre. O time jogava no campo adversário, sem deixar o Guarani respirar, desarmando na entrada da área rival, com troca de posições intensa na frente.
Depois de abrir o placar, o Palmeiras deu um passo para trás já previsível. Uma das características desse time é controlar a partida sem a bola. Só faltou um aspecto para a estratégia se concretizar: concentração o tempo todo para não dar chances ao adversário. Dudu até voltou, como costuma fazer, mas cometeu um pênalti que dificilmente faria em jogo oficial, e Weverton defendeu.
A sequência do jogo não foi uma pressão do Guarani, mas surpreendeu a quantidade de chances que o Palmeiras permitiu, como raramente ocorre. Ofensivamente, até houve solução, quando Dudu ficou mais solto, centralizado, e Lucas Lima pela direita. Mas faltou Zé Rafael, por exemplo, ser participativo como costuma, tanto na frente quanto na recomposição - Diogo Barbosa chegou a sofrer sem a ajudar do meia-atacante voltando.
No segundo tempo, os melhores momentos do Palmeiras surgiram muito graças à disposição de Arthur Cabral e Hyoran, duas das nove substituições feitas por Felipão. O time se desconfigurou, mas isso não pode ser desculpa, até porque o Verdão é exaltado pela qualidade do elenco e as oportunidades que quase todos têm seguidamente de entrar em campo.
Mas a desconcentração continuou aparecendo, principalmente no sempre forte sistema defensivo. Victor Luis cometeu pênalti, este convertido por Diego Cardoso, aos 15 minutos do segundo tempo. O próprio Victor Luis adiou a virada salvando em cima da linha, 13 minutos depois. Mas o símbolo da falta de foco veio no Guarani passando longo tempo dentro da área, acertando a trave com Deivid Souza cabeceando na trave e Bady, livre, selando a virada, aos 39.
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