Natural da pequena cidade de Magalhães Barata, no interior do Pará, Rony começou sua jornada como jogador profissional em uma das grandes esquipes do estado: o Remo, no ano de 2014.
No clube paraense, o atacante atuou por duas temporadas e foi campeão estadual duas vezes. Mesmo jogando pouco, foi o suficiente para atrair os olhares do Cruzeiro, que o contratou em 2016.
Integrando a base da equipe mineira, Rony não conseguiu ter sucesso no time principal e, por isso, foi prontamente emprestado para o Náutico. Jogando pelo Alvirrubro, o atacante fez sua primeira grande temporada como profissional, sendo o grande destaque do clube ao anotar 11 gols e cinco assistências na Série B. A boa campanha e o futuro promissor resultaram numa transferência internacional, sendo contratado, em 2017, pelo Albirex Niigata, do Japão.
Após apenas uma temporada no clube asiático, Rony retornou ao Brasil, sendo contratado pelo Athletico Paranaense, e sua carreira deslanchou de vez. No Paraná, foi um dos alicerces do time de Tiago Nunes, que conquistou a Copa Sul-Americana, em 2018, e a Copa do Brasil, em 2019. Se destacando e conseguindo grandes números, Rony atraiu o interesse do Palmeiras, que ofereceu R$28 milhões pelo atacante e o contratou para a temporada de 2020.
O começo na Academia de Futebol
O início de Rony pelo Verdão foi conturbado. Jogando com Luxemburgo, o jogador colecionou atuações ruins, erros em lances simples e, somado com o alto valor investido em sua contratação, foi alvo de inúmeras críticas por parte da torcida.
No Campeonato Paulista, era evidente a dificuldade do atacante em atuar no esquema de jogo montado pelo treinador. Sem receber bolas em profundidade, como acontecia no Athletico, o atleta era obsoleto nas partidas, terminando o Paulistão com nove jogos e nenhuma participação em gol.
Na Libertadores, por outro lado, o atacante esboçava uma reação. Na primeira fase, disputada quase completamente com Luxa no banco, Rony marcou dois gols e deu quatro assistências, sendo o destaque do forte ataque palestrino.
No Brasileirão, no entanto, Rony continuava decepcionando. Quando titular, não conseguia render e acabava sendo substituído. Quando começava no banco, entrava e não correspondia. A torcida estava perdendo a paciência e ‘pedia a cabeça’ do atacante. Isso, porém, não o desmotivou e, com o tempo, o camisa 11 deu a volta por cima.
De descartável ao protagonismo na Liberta
Desde a saída de Luxemburgo do comando técnico da equipe, Rony cresceu de rendimento e passou a lembrar aquele que brilhou no Athletico Paranaense, uma temporada antes.
Com Luxa, o ponta havia feito apenas um gol em 25 jogos. Com Andrey Lopes e Abel Ferreira, o atacante deslanchou e foi responsável por oito bolas nas redes adversárias, atuando em 19 confrontos .
A melhora de desempenho no geral foi fundamental para Rony ganhar a confiança necessária e continuar fazendo grandes partidas na Libertadores. No total, o atacante participou de 13 tentos do Verdão na competição (sete gols e seis assistências), sendo o atleta com mais participações em gols do torneio.
Esses números fizeram com que o camisa 11 fosse considerado um dos grandes nomes da temporada palestrina e, acima de tudo, da campanha campeã continental.