Palmeiras deve aprovar candidatura de dona da Crefisa ao Conselho
Expectativa no clube é de que Maurício Galiotte reconheça que Leila Pereira é sócia desde 1996. Se o assunto for para o Conselho, influência de Mustafá vai ajudá-la
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Leila Pereira, dona da Crefisa, voltou dos Estados Unidos na última quinta e vai se reunir nos próximos dias com o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte. Os principais temas da conversa serão a renovação do patrocínio, que vence no fim do mês, e a luta da empresária por uma vaga no Conselho Deliberativo. Em um de seus últimos atos como presidente, Paulo Nobre tentou impugnar a candidatura, mas a expectativa no clube é de que ela seja autorizada.
De acordo com o estatuto do Verdão, qualquer impugnação tem de ser avaliada pelo Conselho Deliberativo. Mas a discussão no caso de Leila é administrativa, sobre a data em que ela se tornou sócia, e não diretamente sobre sua candidatura. Com isso, a decisão de permitir que Leila seja candidata ficará, a princípio, a cargo de Maurício Galiotte.
Paulo Nobre alega que ela faz parte do quadro de sócios do clube há menos de oito anos, período mínimo para se eleger conselheira. Leila se apoia em um título de sócia-benemérita datado de 1996 e avalizado pelo ex-presidente Mustafá Contursi. A missão de Galiotte é analisar os documentos do caso e definir qual das duas versões tem validade.
Pessoas que vivem a política do Palmeiras apostam que o presidente dará razão a Leila, o que permitirá não apenas que ela se candidate, mas também tornará muito mais simples a permanência da Crefisa. A diretoria de futebol conta com o aporte da empresa para ir em busca de um camisa 9 de peso para substituir Gabriel Jesus. Antes de toda a confusão provocada pela medida de Nobre, já estava praticamente definido que a parceira bancaria a contratação de um reforço para o setor. Lucas Pratto, do Atlético-MG, e Miguel Borja, do Atlético Nacional (COL), são os preferidos.
Por outro lado, dar razão a Leila seria bater de frente com Nobre, de quem Galiotte foi vice-presidente por quatro anos e ainda é aliado político. Mesmo se o mandatário lavar as mãos e levar a discussão para o Conselho, Leila dificilmente será impedida de concorrer. Mustafá Contursi exerce influência gigante no órgão e conseguiria aprovar a candidatura com imensa facilidade.
A relação entre Leila e Mustafá
A eleição do Conselho Deliberativo do Palmeiras é proporcional: quanto mais uma chapa receber votos, mais cadeiras conseguirá ocupar. A expectativa para esta eleição é de que 25 votos sejam necessários para eleger um candidato, mas Leila Pereira deve receber mais de uma centena de votos se conseguir concorrer.
Ela faz parte da chapa de Mustafá Contursi. Ou seja, tê-la como candidata significará que o ex-presidente conseguirá colocar diversos aliados no Conselho, renovando sua influência.
Quem vota na eleição para o Conselho, que será em 11 de fevereiro, são os sócios do clube, diretamente no candidato escolhido. A próxima reunião ordinária do órgão já será a de posse dos novos conselheiros. Há uma possibilidade de que um encontro extraordinário seja convocado para discutir a situação de Leila. Isso só aconteceria por decisão de Maurício Galiotte ou se outros conselheiros entrarem com pedido de impugnação da candidatura dela após a aprovação pelo mandatário.
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