Palmeiras diz que nova decisão da Justiça no caso Scarpa é abusiva
Juíza Dalva Macedo, titular da 70ª Vara do Trabalho do Rio, determinou o bloqueio de R$ 200 milhões do clube e de Scarpa enquanto o processo corre na Justiça
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O departamento jurídico do Palmeiras considerou abusiva a decisão da juíza Dalva Macedo, titular da 70ª Vara do Trabalho do Rio, de bloquear R$ 200 milhões do clube e do jogador enquanto o processo contra o Fluminense - movido apenas por Scarpa, sem a participação do Verdão - corre na Justiça.
"O processo corre em segredo de justiça. A ordem judicial ainda não chegou ao conhecimento do Palmeiras, mas admira a ordem ter chegado ao conhecimento da imprensa antes de chegar ao conhecimento do próprio Scarpa. É preciso que fique claro que o Palmeiras não é parte nesse processo. O Palmeiras nunca se manifestou nem nunca chegou a discutir ou exercer qualquer ato de defesa nesse processo. Portanto, qualquer ordem em relação ao Palmeiras é claramente abusiva, excede completamente os limites processuais e não deve subsistir", diz a nota enviada pelo clube.
Scarpa e Fluminense brigam na Justiça desde dezembro do ano passado, e esta foi a primeira decisão a considerar o Palmeiras parte do processo. Os R$ 200 milhões se referem à multa rescisória do contrato de Scarpa com o Fluminense e devem ser depositados em juízo em até cinco dias. O clube carioca só receberá este valor se vencer o processo.
O novo episódio do imbróglio não impede a utilização de Gustavo Scarpa pelo Palmeiras. O meia entrou nos minutos finais do 0 a 0 diante do América-MG em Belo Horizonte, nesse domingo, e trabalhou sem qualquer limitação ao lado dos reservas no treinamento da manhã desta segunda-feira, na Academia de Futebol.
O meia chegou a ficar afastado do dia a dia do Palmeiras entre março e junho, quando o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro derrubou a primeira liminar que o liberava do contrato com o Fluminense. No fim de junho, o Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, concedeu um habeas corpus que liberou o jogador de seu contrato com o Fluminense enquanto o processo corre na Justiça.
O atleta, que cobra a rescisão contratual e diversos valores atrasados, foi derrotado em primeira instância na 70ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, mas recorreu. Com o habeas corpus, ficou livre para reativar o vínculo com o Palmeiras (até dezembro de 2022) enquanto aguarda a nova decisão.
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