Após dez partidas no banco de reservas ou nem isso, Borja voltou a ter chance no Palmeiras na quarta-feira, sendo titular na vitória por 1 a 0 sobre o San Lorenzo, no Allianz Parque. Mais uma vez, não agradou, tendo sua substituição intensamente aplaudida pelos torcedores. Mas os colegas do elenco citam empenho nos treinamentos e incômodo com a má fase como argumento para defender o centroavante que não faz gol há mais de dois meses.
- Não está saindo gol e, por ele ser atacante, parece que está tudo errado, e o gol é o momento principal do atacante. Mas acredito que os gols vão voltar a sair. O principal é que tem treinado, se dedicado e se mostrado muito incomodado com essa situação. Vejo que o Borja, logo menos, voltará a fazer os gols - indicou Raphael Veiga.
As frases do meia foram vistas em todos os jogadores questionados a respeito do camisa 9 nas últimas semanas. Uma demonstração externa a respeito do colombiano, que já não agrada tanto nem diretoria e comissão técnica. Ele esteve perto de ser vendido para o futebol chinês no começo do ano e, caso uma oferta apareça, o clube está disposto a ouvir para negociá-lo.
Borja não entra em campo desde o empate por 1 a 1 diante do Novorizontino, em 23 de março, em Novo Horizonte, pelo confronto de ida das quartas de final do Campeonato Paulista . São oito jogos consecutivos sem atuar. Não faz gol desde 27 de fevereiro, na vitória por 3 a 2 sobre o Ituano, no Allianz Parque, também pelo Estadual. Custou R$ 33 milhões há dois anos, mas está claramente sem espaço.
É praticamente certo que Deyverson será titular neste domingo, contra o Atlético-MG, pelo Brasileiro. Ele atuou durante os dez jogos de ausência de Borja. Inclusive, bastou ter condições de entrar em campo para ficar com a vaga do colombiano. Arthur Cabral, vindo do Ceará neste ano, já está mais cotado com a torcida do que o camisa 9.
Neste cenário, a expectativa é para que Borja se aproxime do que apresentou no Atlético Nacional, da Colômbia, em 2016, quando conquistou a Libertadores e foi eleito o melhor jogador das Américas. É naquele centroavante que Veiga se baseia para apostar em uma reviravolta - então no Coritiba, o meia encarou o Atlético Nacional pela Copa Sul-americana de 2016.
- Já falei outra vez e vou repetir. Joguei contra o Borja em 2016 e, como o Guerra, foi um dos que me impressionaram muito em campo. O Borja tem uma capacidade de finalização e movimentação muito grande. É lógico que tem jogadores com momentos de altos e baixos, mas ele está se doando, se esforçando - insistiu o meio-campista.