Entenda por que Abel Ferreira voltou a escalar o Palmeiras com três zagueiros
Sistema tático não é uma novidade na carreira do técnico português
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A vitória do Palmeiras na última rodada do Brasileirão, diante do Coritiba, não ficou marcada apenas pelo fim do jejum de seis jogos sem triunfos da equipe, mas também pela utilização de um novo sistema tático para organizar a equipe, utilizando três zagueiros: o 3-4-1-2.
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Embora pouco utilizada por Abel Ferreira no Verdão, a formação não é exatamente uma novidade na trajetória da comissão técnica portuguesa, que já aplicou o mesmo desenho tático em seu último trabalho antes de desembarcar no Brasil, pelo PAOK (Grécia).
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No Palmeiras, também houve uma tentativa de utilização do 3-4-1-2 durante a disputa do Paulistão e da Recopa Sul-Americana de 2021. À época, no entanto, tanto os resultados quanto o desempenho foram abaixo do esperado, fazendo com que a ideia fosse abandonada no decorrer da temporada. Neste ano, o sistema voltou a ser utilizado no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, diante do São Paulo.
Na coletiva após a última partida, o auxiliar técnico Vitor Castanheira justificou a escolha pelo novo sistema como uma tentativa de dar consistência - e por consequência, confiança - ao time. Mas se engana quem pensa que uma escalação com três zagueiros traz apenas vantagens defensivas para o time.
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Além de liberar laterais e volantes para participar mais do momento ofensivo, permitindo que a equipe ataque com até sete jogadores, a escolha por esse sistema também passa por melhorar a saída de bola do Palmeiras, gerando superioridade numérica no momento de construção (início das jogadas).
Com um jogador a mais no início das jogadas, a tendência é que o time dê menos chutões e saia mais vezes com a bola no chão. Para uma boa execução dessa ideia, entretanto, é fundamental que os zagueiros saibam conduzir e passar a bola com qualidade. Nesse aspecto, Murilo e Gustavo Gómez, que atuam pelos lados da defesa, são fundamentais para que o time ataque com qualidade.
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Vale lembrar que desde o início do trabalho de Abel o Palmeiras pratica uma saída de bola com três jogadores, mesmo que não sejam três zagueiros de origem. Na maioria das vezes, um dos laterais (Marcos Rocha foi o mais utilizado nessa função) era o responsável por fazer a função de Murilo ou Luan: conduzir a bola e arriscar passes mais agressivos em direção ao ataque.
Defensivamente, o sistema com três zagueiros também traz algumas vantagens em comparação com a linha de quatro, especialmente pela forma como o Palmeiras tem marcado nos últimos meses, por encaixes individuais (o popular 'cada um no seu'). Com três jogadores na defesa, a tendência é que haja sempre um defensor na sobra, liberando os zagueiros dos dois lados para 'caçar' o adversário até o meio-campo.
Até o fim do ano, o Palmeiras tem mais 10 partidas para disputar pelo Brasileirão, e não tem mais grandes objetivos no ano, a não ser a busca por uma vaga na próxima Libertadores. Assim, o sistema com três zagueiros pode ser a grande novidade para oxigenar a reta final de temporada da equipe.
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