Esquema de Luxa e eficiência de Willian: receita para goleada verde

Treinador alternou jogadores e esquema para fazer do centroavante alguém sempre participante e útil em campo, e a resposta veio com 4 a 0 sobre Oeste, três de Willian

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Ocorreu nesta quarta-feira a segunda vitória por 4 a 0 do Palmeiras no Campeonato Paulista. Mas, apesar do mesmo placar da estreia, sobre o Ituano, fora de casa, o que se viu nesta noite do Pacaembu foi o sucesso de uma combinação para golear o Oeste: Vanderlei Luxemburgo armou uma estratégia, com alternâncias de jogadores e de esquema que fizeram do centroavante alguém sempre participativo, e Willian entrou com a eficiência - e três gols.

O camisa 29, substituto de Luiz Adriano, poupado, balançou as redes apenas no segundo tempo, mas já era uma das peças ativas em campo na metade inicial da partida, quando Gustavo Scarpa abriu o placar convertendo o pênalti que ele mesmo sofreu. Uma das explicações é que nem sempre o time atuava no 4-2-3-1, como nos acostumamos a ver no futebol brasileiro. Willian tinha Gabriel Veron quase sempre próximo ou, no mínimo, na mesma linha.

Essa variação para o 4-4-2, com alternância dos jogadores, é um dos motivos para o Oeste ter finalizado só uma vez no primeiro tempo, com 16 do Verdão, segundo o Footstats. Lucas Lima e Gustavo Scarpa variavam entre a direita e a posição mais centralizada, de armador. Mas o importante era o balanço do time: quem estava sem a bola, ia para o meio e, automaticamente, abria espaço para que um lateral subisse. Assim, o campo do Oeste estava todo ocupado.

Com o adversário taticamente dominado, o que se viu foram lances de confiança, inclusive de Gabriel Veron, quase sempre indo além do óbvio para dar sequência às jogadas. Quem também ousou foi Victor Luis, chutando de muito longe. O goleiro rebateu, Scarpa acertou Veron, pegou a sobra e sofreu pênalti. Aos 36 minutos, impôs justiça ao placar, balançando as redes.

Na volta do intervalo, a estratégia não mudou, tanto que o Palmeiras manteve-se sempre com mais de 60% de posse de bola, como cobra Luxemburgo. E finalizando: ao final da partida, foram 27, quase sete vezes mais do que as quatro do Oeste ao longo de mais de 90 minutos.

Nesse cenário, Willian, obviamente, destoou. Sozinho, foram sete finalizações, sendo três na direção do gol, todas na rede. Ninguém arriscou mais na meta adversária do que ele, nem mesmo o time inteiro do Oeste. Muito por conta de sua movimentação e participação intensa.

Luiz Adriano também sai da área, mas faz o jogo andar soltando a bola, sem tabelar tanto. Willian teve Gabriel Veron, Lucas Lima e Wesley alternando-se ao seu lado no ataque ao longo do segundo tempo. Desses, apenas Veron não lhe deu assistência para gol: Wesley driblou para tocar para o primeiro, um golaço, Marcos Rocha deu um lindo lançamento de três dedos e Lucas Lima deu o passe que concluiu o placar.

Em uma noite na qual trocou quatro jogadores, para poupá-los, Luxemburgo definiu um esquema ofensivo que pode dar certo. Inclusive com Willian ao lado de Luiz Adriano. Se tiver eficiência de quem finaliza, a estratégia envolve e agrada a torcida, como ocorreu nesta noite, no Pacaembu.

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