Exagero? Seis motivos para apoiar ou discordar de protesto palmeirense
Torcedores chamaram a equipe de "pipoca" e xingaram jogadores, Felipão e Mattos no sábado, e o time volta ao Allianz Parque nesta terça para decidir vaga na Libertadores<br>
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O Palmeiras decide nesta terça-feira seu destino na Libertadores, diante do argentino Godoy Cruz, e na expectativa do ambiente que encontrará no Allianz Parque. Torcedores já cobraram o time na semana retrasada, em Fortaleza, após a eliminação na Copa do Brasil, e intensificaram os protestos na porta do estádio do Verdão, no sábado, após empate diante do Vasco, pelo Campeonato Brasileiro. A classificação às quartas de final da Libertadores virou "obrigação".
Será que é exagero um clima tão pesado para o atual campeão brasileiro? O LANCE! aponta abaixo três motivos para se concordar com os protestos, e outros três para reprová-los:
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SEGUIDAS ELIMINAÇÕES EM MATA-MATA
Apesar de ter vencido dois dos últimos três Brasileiros, sendo vice em 2017, o Palmeiras não conquista um torneio de mata-mata desde a Copa do Brasil de 2015. De lá para cá, só chegou a uma final no Paulista de 2018, perdido para o arquirrival Corinthians, no Allianz Parque. Com Luiz Felipe Scolari, que só ganhou competições com playoffs nas duas passagens anteriores pelo clube, são quatro fracassos no modelo: caiu nas semifinais da Libertadores e da Copa do Brasil de 2018 e do Paulista de 2019 e nas quartas de final da Copa do Brasil deste ano. Em um elenco exaltado com tantas peças, nem o calendário é desculpa para o mau desempenho.
QUEDA DE RENDIMENTO JÁ PREJUDICOU EM COPA DO BRASIL E BRASILEIRO
O Palmeiras que acumulava recordes no primeiro semestre caiu tanto de rendimento que, com seis partidas disputadas depois da pausa da Copa América, já sente o prejuízo. O time foi eliminado, nos pênaltis, para o Inter, nas quartas de final da Copa do Brasil, encerrando uma sequência de 1200 minutos de Luan e Gómez sem sofrerem gol atuando juntos. Depois, acabou com uma invencibilidade de 33 rodadas no Campeonato Brasileiro, diante do Ceará, somou dois pontos em nove possíveis no torneio neste semestre e viu o Santos, que estava cinco pontos atrás, ultrapassá-lo na liderança, agora com dois pontos de vantagem.
FALTA DE CENTROAVANTE QUE SEJA INCONTESTÁVEL
O clube que se destaca com contratações segue com uma carência na referência do ataque. Deyverson vive má fase e Borja fez gol na terça-feira passada após sete meses de jejum, e Felipão pouco tem dado chance a Arthur Cabral, vindo do Ceará. Para piorar, a solução encontrada para o setor foi Henrique Dourado, centroavante que chega sem nenhum custo, nem de salário, emprestado pelo Henan Jianye, da China, até dezembro. Ele carregou a marca de ser artilheiro do Palmeiras quase rebaixado no Brasileiro de 2014 e gerou intensa reprovação nas redes sociais, mas já treina com o elenco. Apenas nesta terça-feira o Verdão acertou a contratação do atacante Luiz Adriano, ex-Milan, Internacional e Seleção Brasileira, para ser o grande nome do ataque.
SEGUE FORTE NA BRIGA PELO BRASILEIRO
A Copa do Brasil já foi, mas o Palmeiras não precisa nem vencer nesta terça-feira para se classificar na Libertadores - como a ida, na Argentina, ficou 2 a 2, basta um 0 a 0 ou 1 a 1, já que gol fora de casa é critério de desempate. No Campeonato Brasileiro, apesar da queda para o segundo lugar, o torneio teve somente 12 rodadas disputadas e restam 26 para tirar a desvantagem de dois pontos para o Santos, sendo que ainda haverá um novo clássico diante da equipe de Sampaoli, goleada por 4 a 0 pelo Verdão no encontro do primeiro turno. O atual campeão está, definitivamente, muito vivo na briga pelo título.
SÓ CAIU EM MATA-MATA NESTE ANO NOS PÊNALTIS
Apesar de ser chamado de "pipoca" em mata-mata, o Palmeiras, neste ano, lutou definitivamente até a última possibilidade antes de ser eliminado. Tanto a queda para o São Paulo, nas semifinais do Campeonato Paulista, quanto diante do Inter, nas quartas de final da Copa do Brasil, foram nos pênaltis. O último critério de desempate se deu no Estadual após dois 0 a 0 e, no torneio nacional, vitória e derrota por 1 a 0. Ou seja: a equipe não foi superada em campo nos 180 minutos, mesmo que ouça alguma crítica por seu desempenho. Não é um time facilmente vencido em playoffs, apesar do número de eliminações.
SONHO DA LIBERTADORES CONTINUA VIVO
Uma música conhecida da torcida é de "a taça Libertadores é obsessão". E esse torneio tão desejado ainda está bem possível para o Palmeiras. A equipe estabeleceu a melhor campanha da fase de grupos e, apesar de um primeiro tempo sofrível, chegando a estar perdendo por 2 a 0 e precisando de uma defesa de pênalti de Weverton, alcançou o 2 a 2 na ida, diante do Godoy Cruz, em Mendoza. E, como já foi dito, não é preciso nem vencer nesta noite para o Verdão estar nas quartas de final da competição pelo segundo ano seguido.
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