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Palmeiras toma sufoco, mas Felipão acerta nas trocas ‘de trás para frente’

Depois do segundo tempo complicado, técnico conseguiu melhorar a equipe ao lançar Jean e Gustavo Gómez, usando novo esquema tático. Placar poderia ter vindo até mais fácil

Palmeiras
imagem cameraCarlos Pracidelli, Felipão e Turra conversam com os analistas Gustavo Nicoline e Rafael Costa (Foto: Cesar Greco)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 21/09/2018
01:13
Atualizado em 21/09/2018
07:00

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A postura agressiva do Palmeiras no início do jogo gerou o primeiro gol cedo no estádio Monumental, mas não se repetiu na volta do intervalo. Depois de ter chances para ampliar na etapa inicial, o Verdão passou sufoco com Valdivia inspirado. Só após as mudanças de Luiz Felipe Scolari a equipe se reorganizou e definiu a vitória por 2 a 0.

A primeira delas deve ter feito muitos torcedores coçarem a cabeça (e cornetar, claro): a saída de Borja para a entrada de Jean. O camisa 9 foi quem iniciou a jogada do primeiro gol, com um bote na entrada da área do Colo-Colo, mas quando os chilenos passaram a apertar, o centroavante não conseguia parar a bola e participar de contra-ataques.

O colombiano deixou o campo irritado (depois do jogo disse ter sido apenas o calor do momento), só que o time conseguiu diminuir um pouco do espaço que vinha dando depois dessa troca.

O jogo, ainda assim, continuava perigoso, tanto que Barrios, de cabeça, por pouco não empatou. Mas o Palmeiras com um ataque leve (Willian e Dudu) começou a conseguir os contragolpes. A troca de Gustavo Gómez por Thiago Santos terminou de recuperar a solidez defensiva.

Depois de desperdiçar duas grandes chances, o Verdão, enfim, encaixou um contra-ataque para matar o jogo. Justamente com Willian e Dudu, que a partir da saída de Borja deixaram as beiradas do campo, de onde no primeiro tempo ajudavam a marcar os dois alas, para terem mais liberdade. Funcionou.

A ideia de colocar o defensor paraguaio e jogar com três zagueiros veio do estudo feito sobre o adversário, que joga com este esquema. Felipão antes da partida foi registrado conversando, junto dos auxiliares Carlos Pracidelli e Paulo Turra, com os analistas de desempenho Gustavo Nicoline e Rafael Costa. Os dois são do Centro de Inteligência Palmeiras (CIP), responsável, também, por fazer a análise de adversários para a comissão técnica.

- Com um volante/lateral/meia/ponta que é o Jean, que joga muito bem, tem minha confiança total, entrou no lugar de outro volante, o Thiago. Depois entrou o Gustavo (Gómez) porque a gente tinha um espelho de como jogava o Colo-Colo. Alas avançados, colocamos eles naquele setor, três zagueiros e dois atacantes. Tivemos a sorte e felicidade de sair o segundo gol logo em seguida. São situações que trabalhamos, estudando o adversário de como tirar proveito da forma de jogar e quando entendíamos que não tínhamos o controle da bola, usamos mais um zagueiro e o Jean para ter controle e o contra-ataque com dois jogadores rápidos, o Willian e o Dudu. Foi o que aconteceu - explicou.

Deveria ter sido menos sofrido, mas o Palmeiras voltou com um grande resultado de Santiago (CHI). Ainda que a vaga na semifinal da Libertadores esteja bem encaminhada, a queda de rendimento durante a primeira metade do segundo tempo é um ponto de atenção para Felipão e seus jogadores.

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