Felipe Melo de zagueiro, Lucas Lima solto… O que Luxemburgo já cogitou para o Palmeiras
No ano passado, o treinador analisou especificamente as possibilidades para esses dois jogadores do Palmeiras e, agora, pode colocá-las em prática a partir da próxima temporada
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Vanderlei Luxemburgo passará a trabalhar efetivamente com o elenco do Palmeiras em janeiro, mas dois jogadores já foram analisados individualmente pelo treinador. Em 26 de julho de 2018, horas após Roger Machado ser demitido e seu nome ser cotado para substituí-lo, o técnico deu entrevista à TV Bandeirantes apontando que Lucas Lima renderia mais se se aproximasse da área adversária e Felipe Melo funcionaria melhor como zagueiro.
- Um jogador como o Lucas Lima, quanto mais distante do gol, pior fica. Quanto mais próximo do gol, melhor ele fica. Tenho de criar uma situação em que a função dele de marcação seja até um limite e ele jogar sempre nas costas do volante, enfrentando zagueiro. Vai até a linha central, negociar um pouquinho, mas, na hora em que a bola for para ele, encontrar alguém na frente - indicou o técnico, então sem clube, comparando a função do camisa 20 com a forma como escalou Djalminha no Palmeiras campeão paulista de 1996.
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- O Lucas Lima é um excelente jogador, tem tudo que um meia precisa ter para jogar ali na frente, enfia a bola, mas vem muito atrás, o gol fica muito distante para ele, o espaço para ele correr fica muito longo. E para ele vir aqui atrás e chegar à frente, o time tem de chegar junto com ele, com a velocidade dele. Se não chegar, ele está morto. Vai encontrar quem? - prosseguiu.
No programa, Luxemburgo ainda dedicou bastante tempo para falar de Felipe Melo. Elogiou o jogador, mas apontou que recebe cartões demais por estar desgastado atuando no meio-campo. Em sua análise, o camisa 30 deveria ser zagueiro e estar treinado para isso, não atuando somente de vez em quando, como chegou a ocorrer sob o comando de Cuca, em 2017.
- Hoje, o meio-campista corre 13, 14 km por jogo, e tem de fazer 50 ações de intensidade, no mínimo, que são aqueles piques de 15 a 20 metros. O Felipe Melo não consegue carregar o tamanho e o peso dele para fazer todas essas ações. Ele corre muito, se dedica ao jogo, mas toma cartão porque chega atrasado, cansado - avaliou.
- Quando você o tira para passar a correr 7 ou 8 km, ele passa a precisar fazer 25 ações de intensidade, não 50. Muda tudo. Ele tem combate direto bom, roubada e saída de bola boas para iniciar um contra-ataque, tempo de bola para jogar ali atrás. É explorar a qualidade do cara onde ele melhor pode produzir, não o que você quer, mas onde ele pode produzir melhor. Essa é a nossa grande virtude - afirmou, apontando que, se Felipe Melo quiser continuar sendo volante, ainda pode render, com um ajuste do time.
- Se ele não quiser (ser zagueiro), passa a ser um problema dele disputar espaço com os outros volantes. Só depende dele, porque tem saúde, qualidade, condição técnica, tamanhão, tudo para render como zagueiro. No meio-campo, não é que não vai funcionar, mas acho que falta alguma coisa dentro do que acontece no futebol hoje, de ocupação de espaço, é melhor brigar por outro setor - reforçou.
- Se eu não conseguir colocar naquela função, monto o Felipe Melo como primeiro volante, com dois meias do lado, como joga o Real Madrid e a Alemanha jogou na Copa do Mundo de 2014, com dois meias só preenchendo espaço, sem precisar caçar. Aí, dá para ele jogar, porque vai ficar como primeiro volante, com dois meias e três atacantes. O técnico precisa ter essa sabedoria para explorar ao máximo a qualidade do jogador.
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