Gabriel faz o 50º jogo no Palmeiras, agradece à torcida e fala sobre futuro
Depois de quatro meses longe dos gramados, volante começa a recuperar espaço. Com futuro ainda incerto na Academia de Futebol, o palmeirense diz: ‘Eu adoro aqui’
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Em um ano, Gabriel rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e teve lesão grave na coxa também esquerda. Por isso, o volante, um dos melhores jogadores em 2015, perdeu o espaço que começou a retomar só agora. Após um intervalo de quatro meses sem jogar, o camisa 18 foi titular contra o Fluminense, entrou no jogo contra o Botafogo-PB e chegou a 50 partidas no Palmeiras. Aos poucos, ele vai recuperando o tempo perdido, graças ao apoio recebido no clube e da torcida, que o adora.
– Deu um baque, né? A primeira lesão nem se fala, porque me tirou da temporada, até pelo momento que eu vivia. E a segunda também, porque eu estava sentindo ali que poderia engrenar, e aconteceu a lesão. Dá uma tristeza, mas o carinho de todos aqui, dos torcedores que me abraçaram deu força para voltar bem – contou o meio-campista, ao LANCE!.
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– A torcida me abraçou de um jeito muito especial. Principalmente nas lesões que tive foi importante para ter a motivação de voltar o quanto antes e bem, de querer estar em campo para representá-los – completou.
A lesão no joelho ocorreu em agosto do ano passado, quando era o jogador de linha que mais jogava - 40 jogos. Embora já treinasse com o grupo durante o fim da passagem de Marcelo Oliveira, foi estrear em 2016 só em março, com Cuca. A última lesão aconteceu após a primeira rodada do Brasileiro, quando Gabriel havia sido reserva. Enquanto se recuperava, Tchê Tchê e Moisés tomaram conta do meio, e Thiago Santos tornara-se o favorito para jogar no esquema com três volantes, especialmente fora de casa.
Foram quase 45 dias de treinos à espera por uma nova oportunidade. Até que ela veio no domingo passado. Caso Moisés não possa jogar, Gabriel é um candidato a substitui-lo no Choque-Rei, quarta.
Conseguir entrar em campo pela terceira vez seguida é importante para que o “pitbull” enfim se readapte à rotina de jogos e também para seu momento. O camisa 18 tem contrato até o fim do ano e seu futuro não está sacramentado. Se depender do jogador, a intenção é clara: ficar. O problema é que o valor da negociação é alto: para comprar 100% dos direitos que o Monte Azul tem de Gabriel, o Palmeiras precisa pagar 4 milhões de euros (R$ 14,5 milhões).
– Se tiver renovação, eu adoro aqui, gosto muito do Palmeiras e tenho certeza que o Palmeiras gosta muito de mim. Acredito que vai se desenrolar de maneira positiva para mim e para o Palmeiras, mas não temos confirmação de nada ainda. Só quero jogar e recuperar o meu espaço – encerrou o jogador.
CONFIRA UM BATE-BOLA EXCLUSIVO COM GABRIEL:
- Gabriel, depois de duas lesões sérias em pouco tempo, como você se sente fisicamente? Considera que está 100%?
Fisicamente estou muito bem, claro que o ritmo do treino é diferente. Ontem tinha certeza que ia sentir um cansaço maior, o que era normal, porque estava há quase três meses sem jogar. Agora é recuperar a cabeça boa e o ritmo vem com os jogos naturalmente.
- É difícil ficar aí treinando, tratando e sem poder jogar.
- Como é o contato com o Cuca? Ele costuma conversar com você?
Até tive mais conversas com ele diretamente na semana do jogo (contra o Fluminense), que foi onde ele falou que ia me dar a oportunidade de jogar, mas ele sempre tenta conversar, gosta deste contato, isto é importante também para o jogador saber que o precisa melhor, o que fazer em campo, para a equipe não perder a dinâmica e entrar e saber como tudo está andando. Facilita, é melhor entrar com a equipe ajeitadinha, jogando bem. Ele procura passar tranquilidade, que confia na gente e as coisas aconteceram naturalmente. Foi um retorno muito bom, porque fiz uma partida consistente e a equipe venceu, que era o principal.
- Agora começou a Copa do Brasil, você acha que pode ser a chance para usar jogadores como você, voltando de lesão?
A Copa do Brasil é importante para isso, e somos os campeões atuais e temos de lutar por isso. A diretoria contrata, nossa equipe é formada para disputar todas as competições com qualidade.
- No ano passado, o time foi campeão e você estava se recuperando. Agora é diferente...
Na reta final da Copa do Brasil eu não estava. A parte melhor não pude jogar, agora já entramos nela, é oitavas, mata-mata, importante também. Quero estar participando da Copa do Brasil, do Brasileiro, vou trabalhar para quando o Cuca precisar de mim eu estar à disposição.
- O time criou identidade e não podemos perder, independente de quem entrar para jogar.
- Como brigar por dois títulos simultaneamente?
Os jogadores que estão aqui são acostumados. Não vamos sentir tanto o peso e a pressão, porque temos jogadores acostumados a resolver partidas de título, com grandeza, então acredito que quem entrar vai ser o peso de uma partida que tem de fazer o melhor e vencer. Brasileiro ou Copa do Brasil, o time criou identidade e não podemos perder, seja quem entrar em campo.
- Qual a importância do apoio recebido pela torcida?
Foi especial, porque é difícil ficar aí treinando, tratando e sem jogar. Todos aqui querem jogar, e eu estava acostumadíssimo a estar nos jogos, fazendo meu papel. Passei por dificuldades, mas é normal, mas foi especial voltar a jogar, estar com o time encaixado, gostoso de participar, podendo ajudar da melhor forma. Vou tentar manter para ter mais oportunidades, ter uma sequência boa de jogos e ajudar ao Palmeiras sempre.
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