Galiotte, sobre Dudu: ‘Pode voltar ao Palmeiras daqui a um mês, mas não depende de nós’
Presidente do Palmeiras afirmou que gostaria de contar com o ex-camisa 7 e que poderia contratar jogadores de peso, mas isso prejudicaria o futuro do clube<br>
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O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, concedeu, nesta quarta-feira (21), uma entrevista ao BB Debate, da ESPN, e um dos assuntos abordados foi a necessidade de reforços no elenco alviverde, tópico cobrado pela torcida e por Abel Ferreira em coletivas de imprensa e nos bastidores.
– Quando trabalhamos num cenário de pandemia, temos que redobrar os cuidados. Sabemos que o grupo precisa de alguns ajustes mas, agora, temos que tomar cuidado para que o clube não complique a situação do futuro. Meu mandato acaba daqui a oito meses, então seria muito confortável contratar quatro jogadores de ponta, jogar para a torcida, ganhar títulos com um time estratosférico, e as consequências que venham no futuro. Isso não podemos fazer. Entendo o torcedor, sei que o Palmeiras precisa de ajustes, mas vamos fazer com responsabilidade, equilíbrio e no momento certo – declarou o mandatário.
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O nome do atual treinador português do Verdão foi citado para afirmar que as decisões tomadas pela diretoria são feitas em conjunto com a comissão técnica:
– Tudo isso nós tratamos com o Abel, ele participa de absolutamente todo o planejamento. Debatemos nomes, possibilidades, inclusive fizemos algumas negociações, mas não vamos trabalhar de forma irresponsável, pois demoramos muito tempo para reequilibrar o Palmeiras. Se analisarmos os últimos ‘X’ anos, hoje temos um equilíbrio, temos conseguido ser protagonistas. Não vou avaliar o torcedor por uma ou outra atitude. O que tenho que avaliar é que estamos chegando aos nossos objetivos e a resposta têm sido títulos. O mais importante é que tenhamos equilíbrio e clareza para tomar decisões.
Além disso, o cartola comentou sobre a possível volta de Dudu, que tem contrato de empréstimo com o Al-Duhail até junho deste ano e retorna ao Verdão caso a cláusula de compra pré-acordada não seja efetuada.
– Se eu pudesse escolher, eu ficaria com o jogador. A gente sabe das qualidades e do potencial do Dudu, sabemos a importância que ele tem para nós, e gostaríamos muito de contar com ele. Conversei com ele ontem, ele está retornando hoje ao Qatar, e temos um negócio já definido. Ele tinha um empréstimo de um ano e, se o Al Duhail quiser 80% dos direitos do Dudu, terá que pagar € 6 milhões (cerca de R$ 40 milhões na cotação atual). Se não pagarem, o Dudu volta em junho. Não é decisão do Palmeiras ou do atleta, é simples assim, isso está documentado. A gente fala de reforços, e ele é um jogador de peso, de Seleção, que pode sim retornar daqui a um mês. Não estou dizendo que vai acontecer, mas a possibilidade é um fato.
Conforme apurado pelo NOSSO PALESTRA/LANCE!, apesar de o Dudu não ter força contratual para decidir seu futuro, sua vontade de será um fator preponderante na efetivação (ou não) da compra pelos árabes. Caso seja do gosto do atleta, ele pode conversar com a diretoria do Al-Duhail e manifestar seu desejo de retornar definitivamente ao Brasil. A partir disso, o cenário poderia ser decisivamente alterado. Contudo, nenhuma movimentação foi feita neste sentido até o momento.
Em seguida, o presidente falou sobre as críticas de alguns torcedores dirigidas ao elenco atual campeão da Libertadores, fazendo alusão às pichações no Allianz Parque e afirmando que não dará importância para esta minoria.
– Falamos sobre críticas ao elenco sim, mas nós não podemos nos basear em uma ou duas pessoas que foram pichar o muro. Com certeza não foram os 18 milhões de torcedores que o Palmeiras tem, então, se tomarmos por base o que uma ou duas pessoas fazem, vamos perder a direção do nosso trabalho. Esses jogadores que foram campeões tiveram os nomes pichados e há seis meses tiveram a fotografia rasgada na Academia de Futebol. Não é meu papel concordar ou discordar, mas a gente não pode levar isso por base ou considerar uma ação pontual. O Palmeiras saiu de Brasília aplaudido por duas derrotas que valiam troféus. A gente tem que considerar quem aplaude ou picha? Temos que considerar o nosso trabalho. Temos que considerar todas as manifestações e continuar nossa linha de trabalho e nosso planejamento.
Por fim, Galiotte revelou que Abel Ferreira ficou, sim, chateado ao ver seu nome pichado, mas entende que tudo faz parte de um contexto maior e que o trabalho está sendo bem desenvolvido.
– Tudo isso foi falado com o Abel, ele tem a mesma linha de raciocínio. Obviamente, ele não concorda com as pichações, ele ficou chateado em ver seu nome sendo pichado, mas isso faz parte, a torcida é extremamente exigente e nós temos que entender que foi o nosso projeto que fez termos o êxito inédito da tríplice coroa (Libertadores, Paulistão e Copa do Brasil) e esses jogadores estão na história do Palmeiras. Cada torcedor age como quiser – concluiu.
O Palmeiras está em Lima, no Peru, onde estreia, nesta quarta-feira (21) às 21h (horário de Brasília), na Libertadores contra o Universitário, no estádio Monumental U.
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