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Insistência para superar impaciência: Palmeiras quebrou jejum de 59 anos

Time deu mais do que o dobro de lançamentos da média que tem com Mano Menezes, mas não desistiu e conseguiu derrotar o Fortaleza como visitante pela primeira vez desde 1960

Fortaleza x Palmeiras
imagem cameraPalmeiras não conseguia derrotar o Fortaleza fora de casa desde 22 de dezembro de 1960 (LC Moreira/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 22/09/2019
18:09
Atualizado em 22/09/2019
18:54

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O Palmeiras alcançou neste domingo a sua quarta vitória seguida, mantendo-se com 100% de aproveitamento sob o comando de Mano Menezes. Certamente, a pior atuação com o técnico, com uma demonstração de impaciência ainda não vista. Mas o triunfo por 1 a 0 sobre o Fortaleza foi o primeiro do clube diante do rival, como visitante, desde 1960. E manteve a distância de três pontos para o Flamengo, que lidera o Campeonato Brasileiro.

Confira como está a classificação do Campeonato Brasileiro.

O número de lançamentos dados pelo Verdão nesta tarde expõe como a equipe não seguiu à risca a ordem do treinador de "não se desfazer da bola". De acordo com o Footstats, foram 60 tentativas (33 certos, 55,5%). É o dobro da média do time com Mano (29,3).

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Para se ter ideia, foi a partida em que o Palmeiras mais apelou ao fundamento no Campeonato Brasileiro. Inclusive analisando as 16 partidas no torneio sob o comando de Luiz Felipe Scolari, com quem o recorde foi de 48, na derrota por 3 a 0 para o Flamengo, justamente a que gerou a demissão do treinador.

No primeiro tempo, essa ligação direta que tanto marcou o antigo comandante já apareceu bastante. O Fortaleza entrou para jogar no contra-ataque, mesmo atuando em casa. Protegeu muito bem seu campo. Ainda assim, o Palmeiras teve a bola, como quer nessa nova era. Faltou, porém, Dudu, que estava suspenso. Ficou claro como o time sentiu por não contar com suas jogadas individuais para quebrar a marcação adversária.

Sem o atacante, era necessária paciência. E isso também faltou, tanto que a equipe deu 25 lançamentos apenas no primeiro tempo. Quando trocava passes no chão, encontrou nos cruzamentos de Diogo Barbosa uma chance de gerar perigo, mas foi pouco além disso. Zé Rafael, substituto de Dudu, raramente aparecia, mesmo com Marcos Rocha subindo muito, podendo ajudá-lo.

Nesse cenário de impaciência, Willian era uma rara exceção. Não forçava o cruzamento, seguia à risca o pedido do técnico de recomeçar a jogada em vez de arriscar algo que parecesse se desfazer da bola. Acabou sendo dele o único gol da partida, em um lance que simbolizou tantos erros como se viu no Castelão: Gustavo Scarpa cobrou escanteio, houve desvio, Willian chutou e a bola resvalou novamente no time cearense antes de balançar as redes.

O gol saiu aos dois minutos do segundo tempo. E foi nesta etapa que o torcedor pareceu ver o time de Felipão novamente. Se foram 25 lançamentos no primeiro tempo, ocorreram 35 depois do intervalo. Com o Palmeiras mais tempo no seu campo do que trocando passes na frente. Mano tentou renovar a força ofensiva, trocando Zé Rafael, Luiz Adriano e Willian por Lucas Lima, Deyverson e Carlos Eduardo. Mas não era, definitivamente, um dia inspirado.

Encantar, porém, não foi uma necessidade para acabar com um longo jejum. A última e única vitória do Palmeiras como visitante diante do Fortaleza, até esta tarde, tinha sido em 22 de dezembro de 1960, na primeira final da Taça Brasil: 3 a 1. Na volta, 8 a 2 no Pacaembu, confirmando o primeiro título brasileiro da história do Verdão. Neste domingo, três pontos fundamentais na caça ao Flamengo e na busca por mais uma conquista nacional.

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