Palmeiras tem dificuldades, mas vê estratégia funcionar com ‘time B’

O Palmeiras joga por um empate na próxima quinta-feira, no Allianz Parque, para avançar às quartas de final da Copa do Brasil. Com dez mudanças em relação ao time que goleou o Santos (apenas Felipe Melo foi mantido), Luiz Felipe Scolari conseguiu dar um descanso aos titulares e venceu o Sampaio Corrêa no Maranhão por 1 a 0, ainda que com dificuldades.

A estratégia de rodar o grupo foi bastante usada em 2018 e deu bons resultados quando o Verdão disputava três competições simultaneamente. A metodologia não foi exatamente a mesma nesta quarta: em vez de mesclar time A e B, como ocorria no ano passado, desta vez foram dez reservas.

O que se viu, portanto, foi um Palmeiras bem diferente daquele que lidera o Brasileiro de forma invicta após cinco jogos e foi vazado apenas uma vez. No campeonato nacional, a equipe tem em média 46% de posse de bola, mas é muito veloz com a bola para chegar ao gol adversário.

Em São Luís, o rival que disputa a Série C decidiu jogar de forma reativa, obviamente. Deu a bola ao Palmeiras, que terminou com 60% de posse, mas pecou muitas vezes pela lentidão e falta de entrosamento. Até por isso, finalizou apenas cinco vezes (duas certas e três erradas), contra 11 do time da casa (duas certas e nove erradas). O gramado pesado foi outro fator prejudicial.

Arthur Cabral, jogador que a torcida esperava ver em campo, pegou pouco na bola durante o primeiro tempo. A participação discreta e com pouca movimentação fez Felipão lançar Deyverson no intervalo. No meio do segundo tempo, também colocou Dudu.

A entrada de dois titulares não mudou muito a dinâmica alviverde. O empate já parecia quase sacramentado, quando Moisés cobrou falta de longa distância e contou com importante ajuda do goleiro Andrey para fazer o gol da vitória do Verdão. Agora em vantagem na Copa do Brasil, Scolari terá sua equipe principal descansada para sábado visitar o Botafogo, em Brasília, pelo Brasileirão. A estratégia, no fim, deu resultado.