A briga judicial entre Palmeiras e WTorre ganhou mais um capítulo nesta semana. Dessa vez a Justiça deu 15 dias para que a construtora mostre que tem recursos para pagar a dívida de R$ 128 milhões cobrada pelo clube por repasses de receitas do Allianz Parque não pagos desde 2015. A ordem judicial não é para o pagamento imediato, já que tal decisão será tomada em outra oportunidade. A informação foi divulga pelo GE e confirmada pelo Lance!.
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O objetivo dessa comprovação é que, caso o Tribunal tome a decisão final favorável ao Verdão, a Real Arenas demonstre ter condições de arcar com os valores da dívida. O prazo dado para a gestora do Allianz Parque teve início na terça-feira (11), quando saiu a deliberação da juíza responsável pelo caso.
Em contato com a reportagem do Lance!, a WTorre optou por não se pronunciar sobre o tema. A empresa não nega a dívida com o clube, mas contesta os valores colocados no processo. Além disso, tem o entendimento que o assunto deveria ser tratado na arbitragem, onde estão outras discussões no Tribunal escolhido pelas partes.
Já o Palmeiras, afirmou que "segue determinado a receber o pagamento integral da dívida, que é incontroversa e confessada pela própria Real Arenas por meio de relatórios mensais".
O clube entende que os valores já mudaram desde que o processo foi iniciado há alguns meses. O valor que era de R$ 128 milhões, já é estimado em mais de R$ 136 milhões. No mês passado, a própria juíza que deliberou a nova determinação no caso, havia suspendido a ordem que dava um prazo para a empresa pagar a dívida, sob o risco de penhora de bens.
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Segundo o contrato selado entre o Verdão e a WTorre, o clube tem direito a receber percentuais que crescem gradativamente ano a ano do acordo de exploração do estádio. Ou seja, parte das receitas referentes a exploração de áreas da arena, camarotes, realização de shows, locação de cadeiras e até naming rights devem ser direcionadas aos cofres do Alviverde, algo que não tem acontecido.
A última vez que a WTorre fez o repasse desses valores foi em junho de 2015, há quase oito anos. Foram apenas sete meses em que o acordo foi cumprido: novembro e dezembro de 2014, e entre janeiro e junho de 2015, com exceção do mês de maio. De lá para cá, o Palmeiras nunca mais viu os valores.
O acordo entre as partes é válido por 30 anos, ou seja, termina em novembro de 2044, quando o clube terá 100% das receitas do estádio.