Leila Pereira diz estar aberta para acordo do Palmeiras com gestora do estádio: ‘Faço tudo o que posso’
Verdão quer receber cerca de R$ 128 milhões devidos por uma das empresas da construtora do Allianz Parque
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Os bastidores do Palmeiras tem ficado aquecidos nos últimos tempos. Se dentro de campo as coisas parecem dentro da normalidade, fora dele o clube enfrenta uma "briga" com a WTorre, construtora do Allianz Parque. Isso porque, o Verdão alega que a Real Arenas, gestora da arena, deve cerca de R$ 128 milhões em repasses de receitas que não são feitos desde 2015. A disputa, que até já virou caso de polícia, agora parece ter um pequeno sinal de paz, pois a presidente Leila Pereira abriu a possibilidade de um acordo entre as partes.
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Segundo o contrato selado entre o Alviverde e a construtora, o clube tem direito a receber percentuais que crescem gradativamente ano a ano do acordo de exploração do estádio. Ou seja, parte das receitas referentes a exploração de áreas da arena, camarotes, realização de shows, locação de cadeiras e até naming rights devem ser direcionadas aos cofres do Alviverde, algo que não tem acontecido.
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- Estamos sempre na luta, fico muito angustiada e revoltada. São oito para nove anos de uma negociação que o Palmeiras só recebeu sete meses do que era devido. Um valor de R$ 127 milhões que a própria Real Arenas admite que deve, mas estamos em negociação. Uma parte na arbitragem que não podemos falar, é importante o torcedor entender que a presidente do Palmeiras entende que mais importante do que o interesse comercial da Real Arenas é o interesse público para o nosso torcedor - declarou Leila Pereira após a cerimônia de entrega de seu avião.
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A última vez que foi feito o repasse desses valores foi em junho de 2015, há quase oito anos. Foram apenas sete meses em que o acordo foi cumprido: novembro e dezembro de 2014, e entre janeiro e junho de 2015, com exceção do mês de maio. De lá para cá, o Palmeiras nunca mais viu essas cifras. A gestora reconhece que há uma dívida, mas não os valores apresentados pelos palmeirenses, além disso entende que a discussão do tema deveria ser a Arbitragem, ao contrário do que diz o clube.
- Por mim, tornaria tudo isso público, mas não posso falar. Quando o Palmeiras assinou esse contrato, clube e Real Arenas escolheram o Tribunal Arbitral para resolver e esse tribunal escolheu que não posso falar. Queria tornar tudo público, sou midiática e presidente de um clube que o torcedor merece saber tudo que acontece - argumentou Leila Pereira.
+ Justiça suspende ação de execução que o Palmeiras moveu contra construtora
Em maio deste ano, o delegado titular do 23º Distrito Policial de São Paulo atendeu a um pedido do Palmeiras, abriu inquérito e apura possíveis crimes de apropriação indébita e de associação criminosa por parte da construtora. Recentemente, em outra esfera da Justiça, foi pedida a execução da dívida em até três dias úteis, mas o Tribunal atendeu a um pedido da gestora e solicitou mais tempo para avaliar o caso. Leila reforça que não abrirá mão desses recursos jurídicos, mas admite estar aberta para um acordo, algo que pode ser um pequeno sinal de "paz".
- A Real Arenas segue não pagando nada, estou aberta para um acordo que seja bom para ambas as partes. Não suspendo mais processo de Arbitragem, execução e agora um inquérito policial para averiguar. Faço tudo que posso - finalizou a presidente palmeirense.
O acordo entre as partes é válido por 30 anos, ou seja, termina em novembro de 2044, quando o Palmeiras terá 100% das receitas do estádio. Vale destacar que a porcentagem da participação do clube nas receitas do estádio cresce gradativamente a cada cinco anos.
Em contato com a reportagem, a WTorre deu sua versão sobre o assunto:
"Existem assuntos que estão sendo tratados em arbitragem, mas a Real Arenas sempre esteve aberta ao diálogo com o Palmeiras para chegar em um acordo que seja benéfico para todas as partes. As equipes seguem trabalhando normalmente para garantir a qualidade da experiência dos jogos no Allianz Parque. Confiamos que chegaremos a um entendimento no momento certo e retomaremos a relação vencedora entre Real Arenas e Palmeiras, que sempre caracterizou a parceria. Nosso foco é e sempre será de oferecer o melhor para os torcedores que frequentam o Allianz Parque. Palmeirense é Palmeirense independentemente se são clientes da WTorre ou do Palmeiras e devem ter a sua experiência e seu direito respeitados sempre"
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