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Leila rompe com Mustafá e afirma que vai concorrer à presidência

Dona da Crefisa diz que se decepcionou com Mustafá após o episódio da venda ilegal de ingressos, que está sendo investigado pelo MP, e se coloca como futura candidata 

Leila Pereira - Presidente da patrocinadora do Palmeiras
imagem camera(Foto: Cesar Greco / Fotoarena)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 28/11/2017
10:29
Atualizado em 28/11/2017
12:36

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Leila Pereira, dona da Crefisa e da Faculdade das Américas, confirmou à Folha de S. Paulo que rompeu relações com o ex-presidente Mustafá Contursi, um dos conselheiros mais influentes do Palmeiras e seu padrinho político. Além disso, a empresária afirmou pela primeira vez que será candidata à presidência do clube quando o estatuto permitir - antes, tratava como uma possibilidade.

- Quando puder ser presidente, vou concorrer. Os sócios vão decidir. Vou poder fazer muito mais coisas pelo Palmeiras. Apesar de que como conselheira também posso fazer bastante, apoiando o presidente. Me sinto muito confortável em investir. O clube está sendo bem administrado - disse Leila.

O estatuto diz que é preciso ter um mandato completo como conselheiro para se candidatar à presidência do clube. Leila Pereira é conselheira do Palmeiras desde março de 2017, com mandato até março de 2021. Ela só terá condições de se candidatar depois desta data.

Antes disso, estão previstos dois ciclos eleitorais: em 2018 e em 2020. Para 2018, ela já adiantou que seu candidato é o atual presidente, Maurício Galiotte, em quem diz se inspirar.

- Me inspiro naquele que é um grande presidente e pode fazer muito pelo Palmeiras, o Maurício Galiotte. As pessoas, quando lerem isso, vão dizer que o Maurício não ganhou nada no primeiro ano. Mas estamos apenas no primeiro ano, gente. Calma. Estou certa que o Maurício vai ser o melhor presidente que o Palmeiras teve nos últimos tempos. Os títulos, e nós queremos muito como toda a torcida, virão.

Leila Pereira teve a ajuda de Mustafá Contursi para ser eleita conselheira do Palmeiras. Ele redigiu um documento em que afirma ter dado a ela um título de sócia em 1996. Ao deixar a presidência no fim do ano passado, Paulo Nobre chegou a impugnar a candidatura da empresária afirmando que ela não tinha oito anos como sócia, uma exigência do estatuto. O Conselho Deliberativo aprovou a versão de Leila e Mustafá, que estão totalmente afastados após o episódio de venda ilegal de ingressos.

- Não tenho mais relacionamento com ele. Mustafá me decepcionou muito. Era uma pessoa por quem tinha muito respeito. Não merecia aquele episódio (dos ingressos), o patrocinador não merecia. Se algumas pessoas do clube acham normal a venda dos bilhetes que eram repassados gratuitamente para eles, eu não acho. Eram 70 ingressos por jogo que ele (Mustafá) me pedia, dizendo que seriam distribuídos para conselheiros e sócios - disse Leila.

O Ministério Público está investigando e trata Leila como vítima de um esquema de cambismo. Os ingressos dados pela patrocinadora a Mustafá estavam sendo repassados para uma mulher chamada Eliane, que os revendia. Leila conta que já estava desconfiada.

- Havia (desconfiança). Sou muito acessível. No estádio, converso com torcedores. As pessoas vinham até mim dizendo que queriam comprar ingressos. Mas eu respondia que só os dava para associados e conselheiros. Cortei completamente a relação com o Mustafá. Não nos falamos mais. Vou até o fim com isso, as pessoas culpadas devem ser punidas. Sei quem são, mas quero que a Justiça diga. Por causa desse tipo de fato é que as empresas não investem em futebol. Sou uma vítima. Fiquei chocada.

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