Luiz Adriano diz que Fla pode ser batido e vê diferença para Europa
Centroavante do Palmeiras comemora clima mais leve no clube nesta temporada, coloca Flamengo na mira e aponta diferença no jogo e no dia a dia de times brasileiros e europeus
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O Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro, com duas vitórias sobre o Palmeiras, e a Libertadores no ano passado, mas não existe ninguém imbatível. Essa é a opinião de Luiz Adriano, apontando que o Verdão terá condições de vencer a equipe carioca quando os clubes se encontrarem ao fim da pandemia do coronavírus, em entrevista ao Esporte Interativo na qual o centroavante também fez comparações do cotidiano dos times no Brasil e na Europa.
- Qualquer time pode ser batido. Não existe um time que possa ganhar todos os jogos do mundo, não vi isso ainda. O Flamengo é uma grande equipe e é muito bom ter rivais assim, com grande qualidade e que te faça pensar bastante nele, para ultrapassá-los. É uma disputa saudável. Esperamos fazer grandes jogos contra o Flamengo. Mas estamos concentrados, primeiramente, em buscar objetivos. E vamos nos encontrar com o Flamengo - afirmou.
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- A cobrança vem independentemente do nível do Flamengo. Já nos cobramos todos os dias para estar em alto nível. Às vezes, não acontece, mas nos cobramos. O Flamengo é espelho como o Palmeiras e outro grandes clubes do Brasil, mas, por ter ganhado tudo, o Flamengo é o espelho maior. Vamos querer vencer todos os jogos, dando o máximo e sempre estando 100%. Se o Palmeiras não ganhar, a torcida vai achar que não estamos servindo. A vitória é sempre o mais importante, independentemente de ser contra o Flamengo.
Em relação ao ano passado, o camisa 10 já enxerga um Palmeiras mais tranquilo. Contratado em julho, Luiz Adriano foi treinador por Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes, além de ver o comando interino do auxiliar Andrey Lopes enquanto esteve com problemas físicos, nas duas últimas rodadas do Brasileiro. Para o jogador, as trocas de treinadores gera incerteza e atrapalha.
- O ano começou de forma diferente, com um trabalho desde o início. Isso deixa as coisas mais leves do que ficar a toda hora trocando de treinador, com uma incerteza que modifica o ambiente. Agora, com o Vanderlei Luxemburgo desde o início, é completamente diferente do ano passado. Faz uma grande diferença começar a temporada com um treinador e seguir a linha que ele quer. Ajuda muito e deixa o ambiente, com certeza, bem mais leve - falou.
De volta ao Brasil para atuar no Palmeiras depois de 12 anos na Europa, Luiz Adriano indica duas principais mudanças entre os países. Em campo, apesar de não apontar tanta disparidade técnica, enxerga uma intensidade maior no exterior. Fora de campo, enxerga dirigentes mais presentes aqui.
- O espírito é diferente. Como o Brasil é uma expressão de primeiro mundo no futebol, aqui na América do Sul, na Libertadores, a disputa contra o time brasileiro é muito forte. Completamente diferente da Europa, onde não tem o conflito dessa maneira. Na Champions, nos Campeonatos Italiano, Alemão e Inglês, os times são muito mais intensos, essa intensidade é bem diferente. Mas a qualidade dos clubes é do mesmo nível - comparou.
- Mas a cobrança no Brasil é bem maior do que na Europa, em termos de torcida, clube e dirigentes. Essa cobrança de querer vencer e acertar dentro do jogo. Na Europa, é muito difícil o dirigente estar no dia a dia, dentro do vestiário. Aqui, se encontra e conversa mais, com contato mais próximo. Lá, se está acontecendo alguma coisa, fazem uma reunião. Aqui, as conversas são mais próximas e isso pode ser bom, para nós sabermos o que pensam, trocar ideia e saber o que cobram - analisou.
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