Felipão não resiste a crise e deixa o cargo de técnico do Palmeiras
Clube tomou a decisão em reunião que se arrastou ao longo desta segunda-feira
Luiz Felipe Scolari não é mais técnico do Palmeiras. A decisão foi tomada nesta segunda-feira, em reunião da cúpula que comanda o futebol do clube. O Verdão vive profunda crise depois da eliminação na Libertadores e a acachapante derrota para o Flamengo, domingo, por 3 a 0 no Campeonato Brasileiro.
Paulo Turra e Carlos Pracidelli, auxiliares que chegaram com Felipão no ano passado, não permanecerão, também.
"O clube reafirma seu respeito e admiração por toda a história do técnico Felipão no Palmeiras. Em relação a esta recente passagem, o Alviverde agradece por todo o trabalho e dedicação, que resultaram na conquista do Campeonato Brasileiro de 2018", diz trecho da nota oficial do clube.
Contratado há um ano, Felipão tinha vínculo até o fim de 2020 - a multa rescisória é de um mês do salário do treinador. O técnico não participou do encontro que definiu sua demissão, e aguardava uma posição do clube. Alexandre Mattos foi à sua casa no fim da tarde para comunicar a saída.
Na quinta-feira, o diretor de futebol Alexandre Mattos havia dito que Scolari não sairia, apesar da derrota de virada para o Grêmio. Mas as eliminações, também no Paulista e Copa do Brasil, além dos sete jogos sem vitória no Brasileiro, pesaram contra o técnico, que vinha tendo problemas desde a pausa para a Copa América.
Campeão brasileiro em 2018, Felipão estava em sua terceira passagem pelo clube, com o seguinte retrospecto: 46 vitórias, 21 empates e nove derrotas. Ao todo, são 238 vitórias, 132 empates e 115 derrotas pelo Verdão.
Luiz Felipe Scolari deixa o Palmeiras com 485 partidas, três passagens e seis títulos (Copa do Brasil em 98 e 2012, Mercosul em 1998, Libertadores em 1999, Rio-São Paulo em 2000 e Brasileiro em 2018). É o segundo técnico que mais comandou o clube na história.