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Mais seguro até do que em 2016, Verdão controla rivais e se firma

Palmeiras de Felipão corre até menos riscos do que o de Cuca, se aproxima da sequência invicta do seu último título brasileiro e provou autocontrole ao encerrar tabu no Morumbi

São Paulo x Palmeiras
imagem cameraO Palmeiras sofreu somente uma finalização do gol do São Paulo em vitória no Morumbi (Marcello Fim/Ofotografico)
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São Paulo (SP)
Dia 07/10/2018
02:35
Atualizado em 07/10/2018
08:00

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Há dois anos, quando conquistou seu último título brasileiro, também na 28ª rodada, o sanguíneo Palmeiras de Cuca mostrou sua força vencendo o Santa Cruz, penúltimo colocado, no Recife, em uma suada vitória por 3 a 2. Naquela época, o Verdão líder tinha os mesmos três pontos de vantagem do time atual. Mas os comandados de Luiz Felipe Scolari mostram um autocontrole melhor, como ficou evidente no 2 a 0 que impôs sobre o São Paulo.

A equipe de Felipão sofreu somente uma finalização em seu gol no jogo em que encerrou um tabu de 16 anos sem vencer seu arquirrival no Morumbi. E ela aconteceu apenas aos 41 minutos do segundo tempo, quando Rojas apareceu diante de Weverton e parou na defesa do goleiro. Já estava 2 a 0. E foi um raro momento de distração de um time com absoluto autocontrole.

Segundo os números do Footstats, o São Paulo finalizou em outras quatro oportunidades no jogo, sem acertar a meta. O Palmeiras, por sua vez, concluiu cinco vezes na direção do gol e outras três para fora. Mais do que isso: já no primeiro tempo, abriu 2 a 0, e manteve as rédeas do clássico, mesmo atuando fora de casa, tanto antes como depois de balançar as redes. Não sofreu sustos.

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O Verdão chega aonde está sem ser uma equipe que chamou-se de "reativa", como foi o Corinthians de 2017 do técnico Fábio Carille. No Choque-Rei desse sábado, os comandados de Scolari tiveram 40% da posse de bola, mas nem precisaram "saber sofrer", como era um dos pontos mais elogiados do campeão brasileiro no ano passado.

Nem mesmo o Palmeiras adotou uma retranca. Aliás, pelo contrário. Moisés apareceu como segundo volante, o atacante e sempre esforçado na marcação Willian só entrou nos minutos finais e os volantes Thiago Santos e Jean nem saíram do banco. A postura fez o Verdão ocupar o campo adversário no primeiro tempo para impor seu ritmo no jogo e, no segundo tempo, até teve o rival em sua intermediária, mas quase sem condições de agredir.

O ponto forte do Palmeiras, neste momento, é seu autocontrole psicológico. Isso explica por que consegue chegar à casa dos adversários sabendo bem o que vem pela frente e sem temer nada, nem mesmo um longo tabu de 16 anos diante de um dos rivais históricos do clube. Por isso, também, o time já acumula 13 jogos consecutivos sem perder, a dois de igualar a sequência de 15 que o Verdão de Cuca estabeleceu no segundo turno do Brasileiro de 2016.

É completamente injusto fazer qualquer crítica ao sanguíneo time de Cuca que conquistou o Brasileiro com sobras, em um segundo turno quase perfeito. O próprio torcedor se acostumou a ver aquele time abrir vantagem e se manter sob algum risco de sofrer gol, mesmo que esse risco aparecesse, muitas vezes, unicamente pela tensão que o clube vivia por não ganhar o campeonato há 22 anos. Mas está claro que esse time de Felipão tem um controle psicológico que se transmite em controle dos adversários. E poupa mais o coração da torcida.

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